segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Assembleia Legislativa que acompanhará governo Tarso toma posse nesta segunda-feira
Toma posse na tarde desta segunda-feira a Assembleia Legislativa que deverá acompanhar o governo Tarso Genro nos próximos quatro anos. O petista Adão Villaverde será o 59º presidente da Assembleia desde 1935, ano em que o Poder Legislativo do Estado recebeu esta denominação.
domingo, 30 de janeiro de 2011
Encontro debate sobre implantação de linha aérea em Bagé
Encontro debate sobre implantação de linha aérea em Bagé
Na quinta-feira, o prefeito de Bagé, Luís Eduardo Colombo dos Santos, acompanhado pela secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Magda Flores, esteve reunido com a vereadora Cláudia Souza.
O motivo do encontro foi debater sobre a possível implantação de uma linha aérea de ligação do município com a capital do Estado e outras cidades.
Conforme a vereadora, a sua busca acompanha um desejo da comunidade bajeense. “Esse é um meio de transporte rápido, seguro, eficaz e acessível. Torcemos que, junto com o Executivo, possamos obter mais essa conquista”, comentou.
Para Magda Flores, esse tema tem o interesse do poder público municipal estando, inclusive, entre os prioritários do Plano de Desenvolvimento Econômico (PDE). “Temos um aeroporto de qualidade, com uma das melhores estruturas do Estado. A demanda também é algo evidente. Esse é um assunto que irá favorecer a economia e o turismo do município”, exemplificou. O prefeito, em seu comentário, disse que o município trabalha com o intuito de ser inserido na rota da aviação regional.
Conforme a vereadora, a sua busca acompanha um desejo da comunidade bajeense. “Esse é um meio de transporte rápido, seguro, eficaz e acessível. Torcemos que, junto com o Executivo, possamos obter mais essa conquista”, comentou.
Para Magda Flores, esse tema tem o interesse do poder público municipal estando, inclusive, entre os prioritários do Plano de Desenvolvimento Econômico (PDE). “Temos um aeroporto de qualidade, com uma das melhores estruturas do Estado. A demanda também é algo evidente. Esse é um assunto que irá favorecer a economia e o turismo do município”, exemplificou. O prefeito, em seu comentário, disse que o município trabalha com o intuito de ser inserido na rota da aviação regional.
Jornal Minuano
Construção da nova barragem de Bagé começa na próxima semana
A nova barragem de Bagé, anunciada em 2007, tem previsão de início das obras na próxima semana.
Ontem, foi oficializado o repasse de R$ 33 milhões para o trabalho, dos quais R$ 2, 9 milhões já foram depositados na conta da prefeitura. A ordem de início das obras foi assinada ontem pelo prefeito Luís Eduardo Colombo dos Santos na presença da presidenta Dilma Roussef, do governador, Tarso Genro, do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra de Souza Coelho, e do diretor do Departamento de Água e Esgoto de Bagé (Daeb), Antônio Kiwal Perara. O ato foi realizado no Palácio Piratini.
“Esse é um momento maravilhoso para Bagé”, vibrou o prefeito. De acordo com ele, o montante de R$ 2 953 milhões passa a ser utilizado imediatamente. Dudu explica que o dinheiro vai ser usado nas desapropriações das propriedades das seis famílias que moram no local onde vai ser construída a barragem da Arvorezinha e vai servir, nesse primeiro momento, para que a empresa de Porto Alegre que vai executar o serviço comece o trabalho no canteiro de obras na próxima semana.
A área de abrangência da nova barragem é de 322 hectares e a capacidade de reserva é de 18 bilhões de litros de água. De acordo com informações do Daeb, a obra vai quadriplicar o armazenamento na cidade, que hoje é de cinco bilhões de litros de água. A nova barragem tem 16 metros de altura.
Conforme o prefeito, o prazo de execução das obras é de 18 meses, mas a meta do governo municipal é de que o serviço seja concluído antes do previsto em função do racionamento que os bajeenses enfrentam ao longo dos anos. “A seca em Bagé é um problema antigo, do ponto de vista de infraestrutura, o que causa insegurança para a população e para poder púbico”, enfatiza Colombo.
O prefeito lembra que a nova barragem é que deverá solucionar o problema de abastecimento. Além disso, observa que, com a construção, novas empresas podem ter interesse em investir no município. Segundo ele, hoje um dos entraves para atrair empresários é justamente a seca que assola Bagé.
A barragem da Arvorezinha é uma obra que foi inserida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-1)
Jornal Minuano
“Esse é um momento maravilhoso para Bagé”, vibrou o prefeito. De acordo com ele, o montante de R$ 2 953 milhões passa a ser utilizado imediatamente. Dudu explica que o dinheiro vai ser usado nas desapropriações das propriedades das seis famílias que moram no local onde vai ser construída a barragem da Arvorezinha e vai servir, nesse primeiro momento, para que a empresa de Porto Alegre que vai executar o serviço comece o trabalho no canteiro de obras na próxima semana.
A área de abrangência da nova barragem é de 322 hectares e a capacidade de reserva é de 18 bilhões de litros de água. De acordo com informações do Daeb, a obra vai quadriplicar o armazenamento na cidade, que hoje é de cinco bilhões de litros de água. A nova barragem tem 16 metros de altura.
Conforme o prefeito, o prazo de execução das obras é de 18 meses, mas a meta do governo municipal é de que o serviço seja concluído antes do previsto em função do racionamento que os bajeenses enfrentam ao longo dos anos. “A seca em Bagé é um problema antigo, do ponto de vista de infraestrutura, o que causa insegurança para a população e para poder púbico”, enfatiza Colombo.
O prefeito lembra que a nova barragem é que deverá solucionar o problema de abastecimento. Além disso, observa que, com a construção, novas empresas podem ter interesse em investir no município. Segundo ele, hoje um dos entraves para atrair empresários é justamente a seca que assola Bagé.
A barragem da Arvorezinha é uma obra que foi inserida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-1)
Jornal Minuano
sábado, 29 de janeiro de 2011
Fraudes no Banco PanAmericano podem chegar até R$ 4 bilhões
Em meio a boatos de venda e do vazamento de informações do balanço do terceiro trimestre de 2010, que deve ser divulgado na segunda-feira (31), o Banco PanAmericano confirmou ontem, por meio de um fato relevante, que ocorreram negociações com várias instituições financeiras na última semana, mas afirmando que nenhum acordo foi formalizado até o momento. Na nota, o banco reconheceu que ainda não identificou o valor das “inconsistências contábeis”, o que fez com que o mercado interpretasse que o rombo pode ser até mesmo superior aos R$ 2,5 bilhões identificados em novembro passado.
O braço financeiro do Grupo Silvio Santos (GSS) não informou quais seriam esses possíveis compradores. Entretanto, os principais nomes que circulam no mercado são os dos bancos Bradesco, Santander e BTG Pactual. Procuradas, as assessorias das instituições disseram apenas que não comentariam boatos, apesar de não negarem o interesse na aquisição.
O último balanço divulgado pelo banco foi o do segundo trimestre de 2010, no qual o prejuízo chegou a R$ 20,9 milhões. Em novembro, a instituição informou que não iria divulgar os resultados do terceiro trimestre na data prevista, que é até 30 dias após o encerramento do período. De acordo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), “o descumprimento dos prazos implica em uma multa diária de R$ 500” e a financeira será multada a contar da data da entrega do informativo.
A expectativa do mercado é de que o Panamericano divulgue no balanço um rombo de aproximadamente R$ 4 bilhões. Após ser detectada a fraude contábil, o GSS, que detém 37,6% do capital total, tomou um empréstimo de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em novembro passado para cobrir o buraco da fraude. “A atual administração não identificou o valor das inconsistências contábeis informadas anteriormente e que serão objeto de divulgação ao mercado na próxima semana”, disse o comunicado.
Desvalorização
O fato relevante chegou a fazer com que as ações do PanAmericano tivessem uma pequena alta no início da tarde de ontem. Entretanto, ao fim do dia, os papéis preferenciais (sem direito a voto) do banco voltaram a despencar como no dia anterior e fecharam com retração de 0,23%, a R$ 4,39. Nos últimos 12 meses, a desvalorização do papel beira os 60%.
Em 4 de janeiro de 2010, as ações da financeira controlada pelo GSS e da qual a Caixa tem 36,6% de participação, atingiram o teto de R$ 12,31. “Desde então, só registram perdas e, hoje, o volume desses papéis negociado na bolsa é muito pequeno porque há pouco interesse dos investidores devido à descoberta da fraude contábil”, comentou o assessor da Tov Corretora, Breno Carlos.
Escândalos como o do banco PanAmericano não são bons para o mercado de capitais, lembram os analistas. “Isso é muito ruim para a imagem não somente do setor financeiro, dos mercados, mas também do país perante os investidores internacionais”, comentou a presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) Nacional, Lucy Sousa. Ela lembrou que, lá fora, casos como esse já teriam resultado na prisão preventiva dos responsáveis.
“Aqui, infelizmente, a Justiça é lenta e beneficia os poderosos. Vamos torcer para que haja punições”, completou. A coordenadora do centro de conhecimento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Adriane de Almeida, engrossa o coro: “Esse tipo de notícia só aumenta a desconfiança. Uma boa estrutura de governança, com pessoas que tenham conhecimento, ajuda a minimizar os riscos de fraude contábil”.
CACCIOLA EM REGIME SEMIABERTO
» O banqueiro italiano Salvatore Alberto Cacciola, preso há 3 anos e quatro meses, ganhou o direito de cumprir pena em regime semiaberto. A autorização foi concedida pela juíza Roberta Barrouin Carvalho de Souza, da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro. O advogado de Cacciola disse que deverá pedir autorização para o preso trabalhar. Como forma de monitorá-lo, não está descartado o uso de tornozeleiras ou pulseiras com chips que controlam presidiários em liberdade provisória. Cacciola foi condenado a 13 anos de cadeia por crimes contra o sistema financeiro. O preso deverá ser transferido do Presidido de Bangu 8 para o Instituto Penal Plácido Sá Carvalho, no Rio.
O braço financeiro do Grupo Silvio Santos (GSS) não informou quais seriam esses possíveis compradores. Entretanto, os principais nomes que circulam no mercado são os dos bancos Bradesco, Santander e BTG Pactual. Procuradas, as assessorias das instituições disseram apenas que não comentariam boatos, apesar de não negarem o interesse na aquisição.
O último balanço divulgado pelo banco foi o do segundo trimestre de 2010, no qual o prejuízo chegou a R$ 20,9 milhões. Em novembro, a instituição informou que não iria divulgar os resultados do terceiro trimestre na data prevista, que é até 30 dias após o encerramento do período. De acordo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), “o descumprimento dos prazos implica em uma multa diária de R$ 500” e a financeira será multada a contar da data da entrega do informativo.
A expectativa do mercado é de que o Panamericano divulgue no balanço um rombo de aproximadamente R$ 4 bilhões. Após ser detectada a fraude contábil, o GSS, que detém 37,6% do capital total, tomou um empréstimo de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em novembro passado para cobrir o buraco da fraude. “A atual administração não identificou o valor das inconsistências contábeis informadas anteriormente e que serão objeto de divulgação ao mercado na próxima semana”, disse o comunicado.
Desvalorização
O fato relevante chegou a fazer com que as ações do PanAmericano tivessem uma pequena alta no início da tarde de ontem. Entretanto, ao fim do dia, os papéis preferenciais (sem direito a voto) do banco voltaram a despencar como no dia anterior e fecharam com retração de 0,23%, a R$ 4,39. Nos últimos 12 meses, a desvalorização do papel beira os 60%.
Em 4 de janeiro de 2010, as ações da financeira controlada pelo GSS e da qual a Caixa tem 36,6% de participação, atingiram o teto de R$ 12,31. “Desde então, só registram perdas e, hoje, o volume desses papéis negociado na bolsa é muito pequeno porque há pouco interesse dos investidores devido à descoberta da fraude contábil”, comentou o assessor da Tov Corretora, Breno Carlos.
Escândalos como o do banco PanAmericano não são bons para o mercado de capitais, lembram os analistas. “Isso é muito ruim para a imagem não somente do setor financeiro, dos mercados, mas também do país perante os investidores internacionais”, comentou a presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) Nacional, Lucy Sousa. Ela lembrou que, lá fora, casos como esse já teriam resultado na prisão preventiva dos responsáveis.
“Aqui, infelizmente, a Justiça é lenta e beneficia os poderosos. Vamos torcer para que haja punições”, completou. A coordenadora do centro de conhecimento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Adriane de Almeida, engrossa o coro: “Esse tipo de notícia só aumenta a desconfiança. Uma boa estrutura de governança, com pessoas que tenham conhecimento, ajuda a minimizar os riscos de fraude contábil”.
CACCIOLA EM REGIME SEMIABERTO
» O banqueiro italiano Salvatore Alberto Cacciola, preso há 3 anos e quatro meses, ganhou o direito de cumprir pena em regime semiaberto. A autorização foi concedida pela juíza Roberta Barrouin Carvalho de Souza, da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro. O advogado de Cacciola disse que deverá pedir autorização para o preso trabalhar. Como forma de monitorá-lo, não está descartado o uso de tornozeleiras ou pulseiras com chips que controlam presidiários em liberdade provisória. Cacciola foi condenado a 13 anos de cadeia por crimes contra o sistema financeiro. O preso deverá ser transferido do Presidido de Bangu 8 para o Instituto Penal Plácido Sá Carvalho, no Rio.
Correio Braziliense
Dilma Roussef libera recursos para obras de barragem em Bagé e promete ajuda aos produtores de arroz.
Saiba mais no site da Rádio Gaúcha.
Twitter confirma que sofreu bloqueio durante atos antigoverno no Egito
Site de microblogagem defendeu 'troca aberta de informações e opiniões'.
Governo prometeu reprimir atos que causaram 4 mortes, mas eles seguem.
O site de microblogagem Twitter confirmou na noite de terça-feira (25) que seu site sofreu bloqueio no Egito, onde milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra o governo de 30 anos do presidente Hosni Mubarak, de 82 anos.
Os protestos, no que os manifestantes chamaram de "Dia da Ira", terminaram em violência e quatro mortes, além de vários feridos e pelo menos 200 detidos.
O governo prometeu coibir novos protestos, mas eles seguiam nesta quarta no Cairo e em Suez, e houve novas confrontos entre manifestantes e polícia.
"Acreditamos que a troca aberta de informações e opiniões beneficia sociedades e ajuda os governos a terem um contato melhor com o povo", escreveu a empresa de microblogs, ao confirmar a ocorrência do bloqueio do serviço.
O bloqueio havia sido anunciado por um site especializado nos Estados Unidos.
De acordo com o herdict.org, que monitora a acessibilidade de sites pelo mundo, era impossível usar o site de microblogs -que permite trocar mensagens de 140 caracteres no máximo- a partir do Egito.
O Twitter inicialmente não havia confirmado a informação.
Relatos no próprio Twitter nesta quarta-feira falavam que a rede social Facebook também estava bloqueada no país.
O site de microblogs, assim como a rede social Facebook, desempenhou um importante papel de transmissão de informações na revolta popular que causou a saída do presidente da Tunísia, Ben Ali, após 23 anos de governo.
Os protestos tunisianos inspiram a atual revolta egípcia contra o governo Mubarak, e entidades como a Juventude do 6 de Abril usaram a ferramenta para divulgar e organizar os protestos..
Governo alerta
O governo proibiu novos protestos e fez ameaças.
O governo proibiu novos protestos e fez ameaças.
"Nenhum movimento provocativo ou reunião ou organização de marchas ou manifestações será tolerado, e medidas legais imediatas serão tomadas, e os participantes serão entregues às nossas autoridades investigativas", disse o Ministério do Interior, segundo a agência estatal de notícias Mena.
Apesar disso, os atos continuaram no Cairo e na cidade de Suez, com confrontos entre policiais e manifestantes. E ativistas afirmavam que manifestações continuariam ocorrendo em outras cidades do interior.
Repercussão
A bolsa de valores do Cairo abriu nesta quarta em forte baixa, e seu principal índice perdia 5% nas primeiras horas do pregão.
A bolsa de valores do Cairo abriu nesta quarta em forte baixa, e seu principal índice perdia 5% nas primeiras horas do pregão.
A imprensa independente egípcia destacou a magnitude dos protestos.
"Milhares de pessoas se manifiestam contra o poder, o desemprego, a inflação e a corrupção, e pedem a saída do governo", era a manchete do jornal Al Masri al Yom.
Outro diário, o Al Shoruq, afirmou em sua capa: "Egito em cólera toma as ruas".
"Um vulcão de ira entrou em erupção nas ruas do Cairo", escreveu.
A imprensa oficial, por outro lado, minimizou o impacto dos protestos.
No exterior, multiplicam-se os apelos por reformas no Egito, destacando-se o papel moderador do país no conflito árabe-israelense.
Para Catherine Ashton, chefe da diplomacia da União Europeia, as manifestações são um "sinal" do anseio de milhares de egípcios por uma "mudança política" no país.
"Milhares de egípcios se concentraram nas ruas do Cairo para expressar seu desejo de uma mudança política. A UE acompanha de perto estas passeatas (...), que são um sinal dos anseios de muitos egípcios, após os acontecimentos na Tunísia", declarou Ashton nesta quarta-feira.
Além disso, destacou que as autoridades egípcias deveriam "escutar" os manifestantes, "respeitando e protegendo o direito" do povo de "manifestar suas aspirações políticas através de passeatas pacíficas".
A Casa Branca disse que o governo egípcio deve ser "sensível" às aspirações da população, e afirmou que o presidente deve "levar a cabo reformas políticas econômicas e sociais".
A França lamentou as mortes ocorridas durante as manifestações, enquanto Israel disse esperar que a rebelião egípcia não influencie negativamente as relações entre os dois países.
O Egito foi o primeiro país árabe a assinar um acordo de paz com Israel, em 1979.
Cerca de 40% dos 80 milhões de habitantes vivem com menos de US$ 2 por dia, e um terço da população é analfabeta.
g1.globo.com
sábado, 22 de janeiro de 2011
Movimento quer inventor brasileiro do rádio incluído no currículo escolar
São Paulo – O padre brasileiro Landell de Moura, que inventou o rádio há mais de 100 anos, ainda não é apresentado nas escolas como um dos grandes idealizadores das telecomunicações. É justamente esse descuido histórico que o Movimento Landell de Moura (MLM) busca corrigir. A organização é formada por pesquisadores, jornalistas e entusiastas do rádio.
Segundo um dos integrantes do movimento, o jornalista Eduardo Ribeiro, o abaixo-assinado eletrônico pedindo uma posição oficial sobre a reivindicação conseguiu, somente nessa sexta-feira (21), cerca de 300 assinaturas. O apoio cresceu devido à divulgação de informações sobre o inventor, por conta dos 150 anos de seu nascimento em Porto Alegre (RS)
Mas as assinaturas no documento são pouco perto da “magnitude do movimento”, de acordo com Ribeiro. “O que realmente faz a diferença é a divulgação ampla, sobretudo pelos meios de comunicação”. Além disso, ele destaca as ações de reconhecimento pontuais feitas por órgãos públicos. Ontem, por exemplo, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) colocou em circulação um selo em homenagem ao padre.
Apesar de toda a documentação, experimentos públicos e até reportagens sobre os trabalhos de Landell para a transmissão de voz pelo ar sem condutores, a fama de "pai do rádio" acabou ficando para o italiano Guglielmo Marconi. Ribeiro atribui o desfecho a diversos fatores, entre eles a nomenclatura dos inventos e o conservadorismo da sociedade brasileira à época.
Na opinião do jornalista, “o caldo cultural do Brasil” no período não era favorável a Landell. “Os mais graduados o viam como louco e os menos graduados achavam que ele falava com o demônio”.
Houve ainda a questão dos nomes dos inventos. Como o de Marconi se chamava radiotelégrafo, por transmitir o Código Morse sem o uso de cabos, os créditos de tudo que era relacionado acabaram ficando para o italiano. Isso ocorreu mesmo com Landell tendo feito, 15 anos antes de Marconi, em 1900, uma demonstração pública, na Avenida Paulista, da transmissão de voz pelo ar.
Apesar de toda a documentação, experimentos públicos e até reportagens sobre os trabalhos de Landell para a transmissão de voz pelo ar sem condutores, a fama de "pai do rádio" acabou ficando para o italiano Guglielmo Marconi. Ribeiro atribui o desfecho a diversos fatores, entre eles a nomenclatura dos inventos e o conservadorismo da sociedade brasileira à época.
Na opinião do jornalista, “o caldo cultural do Brasil” no período não era favorável a Landell. “Os mais graduados o viam como louco e os menos graduados achavam que ele falava com o demônio”.
Houve ainda a questão dos nomes dos inventos. Como o de Marconi se chamava radiotelégrafo, por transmitir o Código Morse sem o uso de cabos, os créditos de tudo que era relacionado acabaram ficando para o italiano. Isso ocorreu mesmo com Landell tendo feito, 15 anos antes de Marconi, em 1900, uma demonstração pública, na Avenida Paulista, da transmissão de voz pelo ar.
Correio Braziliense
UNE encerra bienal com passeata e samba na orla do Rio
Rio de Janeiro - Para encerrar a sétima Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), que ocorreu esta semana no Rio de Janeiro, os participantes prometem movimentar a Praia de Ipanema, na zona sul da cidade. Os organizadores programaram um cortejo que vai unir protesto e celebração, a partir das 17h de hoje (22). São esperados 8 mil jovens de todo o Brasil, que vão marchar ao som do ritmo tradicional do país e da cidade, o samba, que também fez parte do tema desta edição da bienal: “Brasil no estandarte, o samba é meu combate”.
De acordo com o presidente da UNE, Augusto Chagas, a manifestação batizada de “culturata” fecha uma série de atividades culturais e de reflexão sobre a condição dos estudantes brasileiros. Segundo ele, entre as principais bandeiras defendidas pelo movimento estudantil está a ampliação dos recursos destinados às áreas da educação e da cultura.
“O Brasil investe hoje cerca de 5% do PIB [Produto Interno Bruto] em educação e nós queremos que esse investimento seja de 10%, além de 50% do Fundo Social do Pré-sal. Também defendemos que o governo destine pelo menos 2% do PIB para a cultura. São dois elementos que, somados, têm condições de emancipar nossa juventude e dar mais possibilidades de o Brasil sonhar com um futuro melhor e mais justo”, disse Chagas.
De acordo com o presidente da UNE, Augusto Chagas, a manifestação batizada de “culturata” fecha uma série de atividades culturais e de reflexão sobre a condição dos estudantes brasileiros. Segundo ele, entre as principais bandeiras defendidas pelo movimento estudantil está a ampliação dos recursos destinados às áreas da educação e da cultura.
“O Brasil investe hoje cerca de 5% do PIB [Produto Interno Bruto] em educação e nós queremos que esse investimento seja de 10%, além de 50% do Fundo Social do Pré-sal. Também defendemos que o governo destine pelo menos 2% do PIB para a cultura. São dois elementos que, somados, têm condições de emancipar nossa juventude e dar mais possibilidades de o Brasil sonhar com um futuro melhor e mais justo”, disse Chagas.
Durante o trajeto, estão programadas intervenções culturais de música, teatro e circo. Um dos principais blocos carnavalescos do Rio, o Carmelitas, do bairro Santa Teresa, vai puxar os participantes, que também serão acompanhados por blocos de estudantes de outras partes do Brasil, como o Afoxé Dragão do Mar e o Bloco dos Valetes.
Ao fim do percurso, os estudantes devem acompanhar e engrossar a tradicional salva de palmas nas pedras do Arpoador, de onde é possível assistir ao pôr do sol mais famoso da cidade.
Chagas informou que a UNE vai lançar, durante a manifestação, uma campanha de apoio às regiões atingidas pelas chuvas no Rio. O objetivo é recrutar estudantes voluntários que, a partir de sua formação acadêmica ou área de estudo, possam dar suporte às vítimas e à reconstrução das áreas afetadas pelas enchentes. Os interessados podem se inscrever pelo e-mail souvoluntario@une.org.br.
Ao fim do percurso, os estudantes devem acompanhar e engrossar a tradicional salva de palmas nas pedras do Arpoador, de onde é possível assistir ao pôr do sol mais famoso da cidade.
Chagas informou que a UNE vai lançar, durante a manifestação, uma campanha de apoio às regiões atingidas pelas chuvas no Rio. O objetivo é recrutar estudantes voluntários que, a partir de sua formação acadêmica ou área de estudo, possam dar suporte às vítimas e à reconstrução das áreas afetadas pelas enchentes. Os interessados podem se inscrever pelo e-mail souvoluntario@une.org.br.
Correio Braziliense
Segmentos lamentam decisão que muda análise da Lei Maria da Penha
Sociedade se revolta contra decisão que muda análise da legislação e abre brecha para que casos sejam extintos
A Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, pode passar a ser ignorada no julgamento desse tipo de agressão em casos específicos. Processos poderão ser suspensos condicionalmente, por um período de dois a quatro anos, de acordo com o comportamento do réu e a possibilidade de reparação dos danos causados à vítima, segundo decisão da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A determinação do STJ altera o entendimento anterior, que proibia a suspensão dos processos, e abre brecha, ainda, para que os casos sejam extintos após o período, caso o agressor não cometa novas faltas. A Corte entendeu que a Lei Maria da Penha é compatível com a Lei de Juizados Especiais, que permite a suspensão de pena quando a condenação for inferior a um ano. O desembargador Celso Limongi, relator do caso que levou à decisão, afirmou em seu voto que a medida tem caráter pedagógico para o acusado, pois o processo volta a correr caso o autor reincinda o crime. Segundo o STJ, não há afastamento ou diminuição das formas de proteção às mulheres previstas na lei específica para esses casos.
O tratamento de agressões às mulheres como delitos simples pode levar à banalização da Lei Maria da Penha, segundo a presidente da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Maria Cláudia Azevedo de Araújo. Para Maria Cláudia, a decisão do STJ é um retrocesso e pode dar margem a problemas existentes antes de sua homologação, em 2006. “Antes, o Ministério Público podia oferecer um acordo ao agressor para que ele não fosse processado, o julgamento dependia da existência de denúncia, a mulher ficava constrangida e a maioria dos processos acabava arquivada”, lembra.
Para Maria Cláudia, questões que envolvem a mulher são mais complexas e exigem atenção diferenciada àquela dada a brigas de trânsito ou de vizinhos, por exemplo. “Não está se considerando a complexidade da lesão causada à integridade física e psicológica e à dignidade das mulheres”, lamenta a advogada.
A farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que inspirou o nome da lei por ter sido agredida pelo marido durante seis anos, recebeu com revolta a notícia da decisão do STJ. “Essa posição reflete a cultura machista da sociedade e abre precedentes para que os homens pensem que vão ficar impunes”, afirmou ao Correio, na tarde de ontem.
Segundo Maria da Penha, a lei, que completa cinco anos em setembro próximo, enfim começava a mudar a cultura dos brasileiros. Dados do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre igualdade de gênero 2010 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que 91% da população é a favor, nos casos em que a mulher sofre agressão de seu companheiro, de que haja investigação do crime, mesmo que ela não apresente ou que retire a queixa. Os números mostram ainda que 78,6% dos entrevistados consideram que a lei pode evitar ou diminuir a violência contra as mulheres. “O fato de as pessoas serem presas em flagrante faz com que outros homens daquela comunidade não agridam suas mulheres”, argumentou Maria da Penha.
A determinação do STJ altera o entendimento anterior, que proibia a suspensão dos processos, e abre brecha, ainda, para que os casos sejam extintos após o período, caso o agressor não cometa novas faltas. A Corte entendeu que a Lei Maria da Penha é compatível com a Lei de Juizados Especiais, que permite a suspensão de pena quando a condenação for inferior a um ano. O desembargador Celso Limongi, relator do caso que levou à decisão, afirmou em seu voto que a medida tem caráter pedagógico para o acusado, pois o processo volta a correr caso o autor reincinda o crime. Segundo o STJ, não há afastamento ou diminuição das formas de proteção às mulheres previstas na lei específica para esses casos.
O tratamento de agressões às mulheres como delitos simples pode levar à banalização da Lei Maria da Penha, segundo a presidente da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Maria Cláudia Azevedo de Araújo. Para Maria Cláudia, a decisão do STJ é um retrocesso e pode dar margem a problemas existentes antes de sua homologação, em 2006. “Antes, o Ministério Público podia oferecer um acordo ao agressor para que ele não fosse processado, o julgamento dependia da existência de denúncia, a mulher ficava constrangida e a maioria dos processos acabava arquivada”, lembra.
Para Maria Cláudia, questões que envolvem a mulher são mais complexas e exigem atenção diferenciada àquela dada a brigas de trânsito ou de vizinhos, por exemplo. “Não está se considerando a complexidade da lesão causada à integridade física e psicológica e à dignidade das mulheres”, lamenta a advogada.
A farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que inspirou o nome da lei por ter sido agredida pelo marido durante seis anos, recebeu com revolta a notícia da decisão do STJ. “Essa posição reflete a cultura machista da sociedade e abre precedentes para que os homens pensem que vão ficar impunes”, afirmou ao Correio, na tarde de ontem.
Segundo Maria da Penha, a lei, que completa cinco anos em setembro próximo, enfim começava a mudar a cultura dos brasileiros. Dados do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre igualdade de gênero 2010 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que 91% da população é a favor, nos casos em que a mulher sofre agressão de seu companheiro, de que haja investigação do crime, mesmo que ela não apresente ou que retire a queixa. Os números mostram ainda que 78,6% dos entrevistados consideram que a lei pode evitar ou diminuir a violência contra as mulheres. “O fato de as pessoas serem presas em flagrante faz com que outros homens daquela comunidade não agridam suas mulheres”, argumentou Maria da Penha.
Correio Braziliense
Número de desaparecidos na região serrana do Rio sobe para 430
Rio de Janeiro - O número de pessoas desaparecidas em consequência das chuvas que atingiram municípios da região serrana fluminense na semana passada subiu para 430. De acordo com o último boletim do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), divulgado na manhã de hoje (22), em Teresópolis foram registrados 211 desaparecimentos; em Nova Friburgo, 124; e em Petrópolis, 48.
Também há desaparecidos na cidade de Sumidouro (4), Bom Jardim (1), Cordeiro (1) e São José do Vale do Rio Preto (1), além de 40 desaparecidos em localidades não informadas.
A lista de desaparecidos é atualizada e divulgada pelo MPRJ por meio do Programa de Identificação de Vítimas (PIV). A relação é consolidada diariamente com base em informações registradas por parentes e amigos e checadas com os dados de hospitais e das unidades do Instituto Médico Legal (IML) nos municípios atingidos. Esta nova totalização foi finalizada por volta das 22h de ontem (21), mas só divulgada na manhã de hoje (22).
As alterações em relação às listas anteriores ocorrem porque novos nomes são registrados ou porque as pessoas reaparecem, vivas ou mortas. As mortes já confirmadas na região serrana, por causa das chuvas, já ultrapassam 770 nesses municípios.
Número de mortos
Subiu para 791 o número de mortos na tragédia da região serrana do Rio, com a enxurrada que atingiu vários municípios na madrugada do dia 12. O balanço é da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado.
Nova Friburgo é o município mais castigado pelo temporal teve até agora com 386 mortos, Teresópolis contabiliza 317 vítimas, Petrópolis tem 66 e Sumidouro 22 mortos.
Petrópolis é a cidade da região serrana com maior número de desalojados: ao todo são 3.600. O município tem ainda 2.800 desabrigados. Nova Friburgo soma 3.220 desalojados e 1.970 desabrigados. O município de Teresópolis tem 960 desalojados e 1.280 desabrigados.
Correio Braziliense
Também há desaparecidos na cidade de Sumidouro (4), Bom Jardim (1), Cordeiro (1) e São José do Vale do Rio Preto (1), além de 40 desaparecidos em localidades não informadas.
A lista de desaparecidos é atualizada e divulgada pelo MPRJ por meio do Programa de Identificação de Vítimas (PIV). A relação é consolidada diariamente com base em informações registradas por parentes e amigos e checadas com os dados de hospitais e das unidades do Instituto Médico Legal (IML) nos municípios atingidos. Esta nova totalização foi finalizada por volta das 22h de ontem (21), mas só divulgada na manhã de hoje (22).
As alterações em relação às listas anteriores ocorrem porque novos nomes são registrados ou porque as pessoas reaparecem, vivas ou mortas. As mortes já confirmadas na região serrana, por causa das chuvas, já ultrapassam 770 nesses municípios.
Número de mortos
Subiu para 791 o número de mortos na tragédia da região serrana do Rio, com a enxurrada que atingiu vários municípios na madrugada do dia 12. O balanço é da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado.
Nova Friburgo é o município mais castigado pelo temporal teve até agora com 386 mortos, Teresópolis contabiliza 317 vítimas, Petrópolis tem 66 e Sumidouro 22 mortos.
Petrópolis é a cidade da região serrana com maior número de desalojados: ao todo são 3.600. O município tem ainda 2.800 desabrigados. Nova Friburgo soma 3.220 desalojados e 1.970 desabrigados. O município de Teresópolis tem 960 desalojados e 1.280 desabrigados.
Correio Braziliense
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Quase 30 anos depois, começa a ganhar corpo projeto do aeromóvel na Capital
Coester lamenta que sua invenção demorou a ser aceita-Foto:Valdir Friolin
Abertura dos envelopes da licitação ocorre na próxima semana
Quase 30 anos depois de o projeto do aeromóvel da Avenida Loureiro da Silva, em Porto Alegre, ser abandonado, o novo veículo que ligará o Aeroporto Internacional Salgado Filho à Estação Aeroporto da Trensurb começa a ganhar corpo.
>> Saiba mais sobre o projeto do veículo
Na próxima semana, a abertura dos envelopes da concorrência para construção de dois módulos do aeromóvel marcará o renascimento de um projeto rejeitado pelo Ministério dos Transportes em 1982.
A busca por transportes com menor prejuízo ao ambiente durante a Copa de 2014, algo que não estava "na moda" na época de criação da linha descontinuada da Avenida Loureiro da Silva, é uma das molas propulsoras do aeromóvel em 2011.
Os protótipos brancos de fibra de vidro já passam por testes na oficina da Aeromóvel do Brasil. A empresa integra o Grupo Coester, fundado pelo responsável pela invenção, o gaúcho Oskar Coester.
— Como toda invenção, a história é sempre a mesma. Quando surgiu a turbina, por exemplo, houve receio de avião sem hélice — diz Coester.
>> Leia a reportagem completa na edição de Zero Hora desta quinta-feira
ZERO HORA>> Saiba mais sobre o projeto do veículo
Na próxima semana, a abertura dos envelopes da concorrência para construção de dois módulos do aeromóvel marcará o renascimento de um projeto rejeitado pelo Ministério dos Transportes em 1982.
A busca por transportes com menor prejuízo ao ambiente durante a Copa de 2014, algo que não estava "na moda" na época de criação da linha descontinuada da Avenida Loureiro da Silva, é uma das molas propulsoras do aeromóvel em 2011.
Os protótipos brancos de fibra de vidro já passam por testes na oficina da Aeromóvel do Brasil. A empresa integra o Grupo Coester, fundado pelo responsável pela invenção, o gaúcho Oskar Coester.
— Como toda invenção, a história é sempre a mesma. Quando surgiu a turbina, por exemplo, houve receio de avião sem hélice — diz Coester.
>> Leia a reportagem completa na edição de Zero Hora desta quinta-feira
domingo, 16 de janeiro de 2011
Em 5º dia de buscas, número de mortos chega a 611 na Região Serrana do Rio
Rio de Janeiro, 16 jan (EFE).- O número de mortos da tragédia causada pelas chuvas que castigaram a Região Serrana do estado do Rio de Janeiro já chega a 611, segundo o primeiro boletim divulgado neste domingo pela Defesa Civil, no quinto dia das atividades de resgate.
Embora alguns socorristas tenham trabalhado durante toda a madrugada nas cidades de Nova Friburgo e Teresópolis, quase não foram encontrados corpos nas últimas 12 horas.
Segundo a Defesa Civil, as chuvas e, principalmente, os deslizamentos de terra, que soterraram centenas de casas construídas nas encostas, provocaram 274 mortes em Nova Friburgo, 263 em Teresópolis, 55 em Petrópolis e 19 em Sumidouro.
O mesmo boletim indica que pelo menos 6.050 pessoas perderam suas casas (desabrigados) e que outras 7.780 tiveram de abandoná-las temporariamente (desalojados) e se abrigar em ginásios e escolas públicas, evitando assim ficarem em áreas consideradas de risco.
As autoridades não possuem números exatos de desaparecidos, mas uma central montada em Teresópolis registrou denúncias de famílias que buscam 88 pessoas e um posto em Petrópolis elaborou uma lista de outras 36 que não foram localizadas por seus parentes.
Os trabalhos de resgate, que foram reforçados no domingo por 500 membros das Forças Armadas, estão concentrados agora em áreas que se encontravam isoladas e bloqueadas por toneladas de terra, lama e pedras que caíram dos morros.
As autoridades também concentram esforços em restabelecer todos os serviços públicos, pois numerosas áreas continuam sem energia elétrica, água e telefone.
Outra das tarefas prioritárias é a identificação e o enterro das vítimas, algumas em estado avançado de decomposição após cinco dias.
Um juiz de Nova Friburgo determinou o enterro de todos os corpos ainda não reconhecidos depois de serem submetidos aos respectivos procedimentos de identificação. Já as autoridades de Teresópolis preferiram conservá-los em caminhões refrigerados à espera de que apareçam familiares procurando-os.
Após as chuvas registradas no sábado em Nova Friburgo e Teresópolis, que provocaram um deslizamento numa estrada por onde passava o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, os meteorologistas preveem mais águas para a tarde deste domingo.
Segundo o governador, os trabalhos de resgate, dos quais participam cerca de 1.500 bombeiros e 500 militares, contam com o apoio de 30 aeronaves cedidas por organismos estaduais e federais, e que estão sendo usadas para transportar socorristas e feridos e para resgatar pessoas isoladas.
A principal base para os helicópteros operados por militares foi improvisada na Granja Comary, campo de treinamentos da seleção brasileira em Teresópolis.
Diante da tragédia, a presidente Dilma Rousseff decretou três dias de luto nacional. Por sua vez, Cabral decretou sete dias de luto estadual a partir de segunda-feira.
Notícias.Msn
sábado, 15 de janeiro de 2011
Ex-chefe de gabinete de Yeda é denunciado por espionagem
Sargento da Brigada Militar foi indiciado por acessar ilegalmente dados sigilosos no Estado
O Ministério Púbico (MP) do Rio Grande do Sul denunciou, nessa sexta-feira, três acusados de utilizarem ilegalmente o Sistema Consultas Integradas do Estado - cadastro geral de identificação de pessoas físicas. O ex-chefe de gabinete da governadora Yeda Crusius e um militar da reserva lotado no Palácio Piratini seriam os mandantes dos acessos.
Quatro meses e meio após anunciar a investigação, o promotor Amilcar Macedo indicou o sargento da Brigada Militar (BM) César Rodrigues de Carvalho, 39 anos, como responsável por acessar ilegalmente dados sigilosos de políticos, advogados, delegados de Polícia, oficiais da BM e de jornalistas.
Para o MP, Rodrigues trabalhava a mando do ex-chefe de gabinete da ex-governadora do RS Yeda Crusius, Ricardo Luís Lied, 36 anos, e do tenente-coronel da reserva da Brigada Militar Frederico Bretschneider Filho, 48 anos, ex-assessor do gabinete.
Rodrigues foi denunciado pelo crime de concussão (exigir vantagem indevida), já que foi flagrado cobrando propina de um contraventor ligado aos caça níqueis em Canoas, Região Metropolitana de Porto Alegre - fato que deu origem a toda investigação. Já Lied e Bretschneider por violação de sigilo funcional (revelar fato de que tem ciência em razão do cargo).
A mando dos seus superiores - e às vezes por pura curiosidade -, o sargento fez uma verdadeira devassa na vida de autoridades, políticos e até jornalistas. Foram 96 mil consultas; 1,2 mil em uma semana. Entre os bisbilhotados, está o filho de 8 anos da ex-deputada estadual petista e agora secretária do governo de Tarso Genro, Stela Farias.
Rodrigues, que atuava na Casa Militar do governo do Estado, chegou a ser preso preventivamente em setembro, mas já está em liberdade. Após a publicidade de seu envolvimento no caso, ele foi agraciado com uma função gratificada na Secretaria de Segurança do Estado, ocupando o lugar de um general, o que levantou suspeitas do envolvimento de mais assessores de Yeda no caso.
O promotor Amilcar Macedo também entrou com pedido de revogação do segredo de Justiça que, se concedido, permitirá a divulgação de detalhes da investigação.
LUCAS AZEVEDO - Agência Estado
A FERROSUL 2
Para Samuel Gomes (foto), que foi Presidente da FERROESTE durante todo o processo de luta pela da FERROSUL, será o reconhecimento do espírito de luta do povo do Paraná, tal como repetidamente reconhecido nos massivos encontros regionais que precederam a decisão dos governadores de criar a nova empresa. Na Carta de Nonoai/RS pela Ferrovia da Integração do Sul este sentimento de gratidão e reconhecimento ficou patente: ” Queremos também expressar o nosso agradecimento ao povo paranaense por protagonizar a luta pela integração ferroviária do Sul do Brasil e colocar a sua empresa, FERROESTE, como a base para o projeto grandioso do surgimento de uma empresa pública ferroviária da nossa Região, a FERROSUL, a ser constituída pelo aporte material, político e intelectual dos povos sul-matogrossense, catarinense e gaúcho. Tal projeto institucional, generosamente ofertado pelo povo paranaense à Região Sul, é um raio de esperança para a reconstrução de um sistema ferroviário que impulsione a transformação da perversa matriz de transportes brasileira, hoje um verdadeiro entrave ao desenvolvimento econômico e social do País.”
Como você vê, nosso time é forte. O blog acompanhará a evolução da questão. Faça isso também. Podendo, fale com o seu deputado, vereador, prefeito. Fale com o governador Beto Richa. Diga a eles o que a FERROSUL representa para o Paraná, o Brasil e América do Sul. Derrubar o estranho veto do ex-governador Pessuti será mais uma vitória a caminho do destino glorioso da FERROSUL.
A FERROSUL
O governador Tarso Genro (PT) governará um estado que é totalmente favorável ao projeto: A FERROSUL é uma unanimidade no Rio Grande do Sul. Foi esta firmeza da sociedade gaúcha que levou a governadora Yeda Crucius (PSDB) a propor a criação da FERROSUL na reunião do CODESUL de 18/11/2009, em Campo Grande. O Secretário de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul é o deputado federal Beto Albuquerque (PSB), um aliado de primeira hora da FERROSUL. No governo de Olívio Dutra (PT), Beto ocupou o mesmo cargo. Em 2010, reunião na Casa Civil da Presidência, da qual participaram o então presidente da FERROESTE, Samuel Gomes, e líderes das bancadas federais dos quatro estados do CODESUL, decidiu incumbir do deputado Beto Albuquerque da relatoria do relator do PL 7459, aprovado na Câmara, ora em tramitação no Senado, que altera o Plano Nacional de Viação para estender ao Porto de Rio Grande a linha de bitola larga, antes com previsão de chegar apenas até Panorama-SP.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Deputados aprovam projeto que prevê aumento salarial para 518 cargos de confiança
Governador Tarso Genrso conseguiu aprovar os quatros projetos que tinha encaminhado
A Assembleia aprovou os quatro projetos encaminhados pelo Executivo em sessão extraordinária convocada pelo governador Tarso Genro na tarde desta terça-feira.
O principal projeto aprovado prevê o aumento salarial para 518 cargos de confiança (CCs) — o que representará um custo anual de cerca de R$ 18 milhões — e a extinção de 148 CCs. A aprovação se deu com 41 votos favoráveis e uma emenda.
Com 28 votos a favor e 18 contra, o projeto de lei 02/2011 vinculou os vencimentos dos dirigentes de autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações estaduais ao teto de R$ 24 mil. Com isso, os salários do Banrisul acima deste valor serão reduzidos. A recém-criada Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) também obedecerá ao teto.
Também foi aprovado — 42 votos a favor — foi o que autorizou a vinculação da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio.
O último projeto aprovado, com unanimidade, anistia o pagamento de dívidas de pequenos agricultores com o Estado e prevê que o governo abra mão de R$ 62,8 milhões, beneficiando em torno de 45 mil produtores.
ZEROHORA.COMO principal projeto aprovado prevê o aumento salarial para 518 cargos de confiança (CCs) — o que representará um custo anual de cerca de R$ 18 milhões — e a extinção de 148 CCs. A aprovação se deu com 41 votos favoráveis e uma emenda.
Com 28 votos a favor e 18 contra, o projeto de lei 02/2011 vinculou os vencimentos dos dirigentes de autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações estaduais ao teto de R$ 24 mil. Com isso, os salários do Banrisul acima deste valor serão reduzidos. A recém-criada Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) também obedecerá ao teto.
Também foi aprovado — 42 votos a favor — foi o que autorizou a vinculação da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio.
O último projeto aprovado, com unanimidade, anistia o pagamento de dívidas de pequenos agricultores com o Estado e prevê que o governo abra mão de R$ 62,8 milhões, beneficiando em torno de 45 mil produtores.
Bagé/RS.: Obras da Barragem da Arvorezinha poderão começar em março
Amanhã, o diretor do Daeb, Kiwal Parera acompanhará o prefeito, Luís Eduardo Colombo dos Santos, em reunião, em Porto Alegre, com representantes do Ministério da Integração Nacional.
A pauta do encontro é a construção da Barragem da Arvorezinha, cujo projeto passa para uma segunda fase. Provavelmente, os resultados dessa reunião irão influir na decisão do início das obras do novo reservatório municipal. Parera detalhou para a reportagem do JM um histórico do andamento do projeto geral da nova barragem. Desde que assumiu a direção do Daeb, em 18 de junho do ano passado, as etapas foram sendo superadas de acordo com o cronograma do projeto geral. O Plano Básico Ambiental (PBA) foi elaborado pela empresa Engeplus e levado à Fepam no dia 13 de julho de 2010. Em agosto do mesmo ano, foi publicada, no Diário Oficial da União, a Portaria 454 que garantiu a verba de R$ 30 milhões para a construção da barragem. De posse do PBA, a Fepam designou quatro tarefas ao município, segundo Parera: realizar estudos sobre a Ictiofauna (peixes), estudos arqueológicos, análise da água e fazer contato com os proprietários das áreas que serão alagadas. As tarefas foram cumpridas dentro dos prazos estabelecidos, ainda no mês de setembro de 2010. Nessa mesma ocasião, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) deu ao município a outorga da água e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente deu a liberação para a instalação do canteiro de obras. No final de setembro, foi realizada a prospecção do maciço da barragem (taipa). Este procedimento marcou a primeira contrapartida da prefeitura nos custos do projeto. De acordo com o diretor do Daeb, o projeto de prospecção arqueológica da área de implantação da barragem, que foi encaminhado ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), prevê que tudo que existir na área de alagamento será removido e preservado. O PBA prevê, também, a implantação de 21 programas de ação. Para tanto já foram encaminhados os editais correspondentes, revelou o diretor. Os moradores serão chamados individualmente para as negociações finais, que serão realizadas na Procuradoria Jurídica do município.
Perspectivas
**********
Com o racionamento, o Daeb tem economizado 10% de seu gasto diário normal que é de 30 milhões de litros. Os três reservatórios atuais do município somam quatro bilhões de litros, em suas capacidades máximas para o abastecimento de pouco mais de 100 mil habitantes. O consumo mensal nos meses de verão chega a cerca de um bilhão de litros. Teoricamente, as três barragens suportariam quatro meses de falta absoluta de chuvas. Com a construção da nova represa, a disponibilidade de água será multiplicada por cinco ou um pouco mais. A Barragem da Arvorezinha terá uma capacidade de 18 bilhões de litros, quando em seu volume máximo. Essa água se somará aos quatro bilhões já existentes. O município terá, então, uma autonomia de 22 bilhões de litros. Para se ter uma ideia do que isso pode representar, seria como passar 22 meses ininterruptos com o consumo mensal do verão, que é maior que o de inverno. Parera não esconde a satisfação ao prever a comodidade da nova realidade. Se tudo correr de acordo com o cronograma geral do projeto, as obras poderão começar em março. A empresa contratada, Marco Projetos e Construções, está aguardando o sinal verde para dar início ao trabalho. O diretor do Daeb salientou que as contrapartidas do município serão repassadas durante a obra, no valor de R$ 3 milhões. Após, serão repassados os últimos pagamentos que somam R$ 1 milhão, divididos em 50 parcelas mensais. Essa fórmula, segundo Parera é que deu capacidade de pagamento ao município dentro de sua disponibilidade.
JORNAL MINUANO
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Estiagem: Bagé pode aumentar tempo diário de racionamento, utilizar pedreiras e limpar poços
Desde o início do ano, administração dividiu a cidade em dois grandes grupos de bairros, igualmente penalizados em 12 horas
Diante da possibilidade de a estiagem se prolongar em Bagé, na região da Campanha, a prefeitura trabalha com um plano B para garantir o abastecimento dos 116 mil habitantes.
Desde o início do ano, a administração dividiu a cidade em dois grandes grupos de bairros, igualmente penalizados em 12 horas: um recebe água das 3h às 15h e, outro, das 15h às 3h.
Caso a situação piore, a prefeitura deve lançar mão de medidas que seriam adotadas já desde o início: o aumento em seis horas do tempo de racionamento – totalizado 18 horas diárias –, utilização de antigas pedreiras e limpeza de poços artesianos.
Além de aumentar o período de torneiras secas, o Daeb quer ativar três poços artesianos – cada um com capacidade de fornecer 280 mil litros de água por dia – para captar água de duas antigas pedreiras.
ZEROHORA.COM
Paulo Bernardo vai trabalhar para que o acesso à internet custe cerca de R$ 35
A ampliação e barateamento do serviço é um dos desafios do governo Dilma
O Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, disse que pretende negociar com todos os setores envolvidos para diminuir o custo do acesso à internet. Ele informou que trabalhará para chegar ao valor de R$ 30 a R$ 35 para que, assim, mais brasileiros possam usufruir dos recursos da internet.
Ele afirmou que já está em fase de desenvolvimento o Plano Nacional para a Banda Larga, que, até 2014, busca massificar a oferta de acessos banda larga. Segundo o ministro, meta deve ser atingida a médio prazo
Ampliar e baratear o acesso à internet de alta velocidade é um dos desafios do governo de Dilma Rousseff.
Ele afirmou que já está em fase de desenvolvimento o Plano Nacional para a Banda Larga, que, até 2014, busca massificar a oferta de acessos banda larga. Segundo o ministro, meta deve ser atingida a médio prazo
Ampliar e baratear o acesso à internet de alta velocidade é um dos desafios do governo de Dilma Rousseff.
ZEROHORA.COM
Rio Grande do Sul: Recesso parlamentar é interrompido hoje à tarde
Sessão extraordinária foi convocada para que os projetos sejam votados ainda no ínicio do ano
O Parlamento gaúcho interrompe na tarde de hoje o recesso para apreciar projetos do Executivo. A sessão extraordinária ocorre às 14h, no Plenário 20 de Setembro.
A sessão tem o objetivo de apreciar quatro projetos de lei do Executivo e enviá-los ao Legislativo para garantir que sejam votados ainda no início do ano.A convocação do governador Tarso Genro e as matérias foram encaminhadas à Assembleia na última quinta-feira (dia 6), tendo sido publicadas no Diário Oficial na última sexta-feira.
As proposições tratam da anistia de pagamento de dívidas de pequenos agricultores, do limite da remuneração dos dirigentes das estatais gaúchas, do reenquadramento dos quadros de chefias e extinção de cargos em comissão e funções gratificadas, e da transferência da Fepagro da Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento para a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio.
A sessão tem o objetivo de apreciar quatro projetos de lei do Executivo e enviá-los ao Legislativo para garantir que sejam votados ainda no início do ano.A convocação do governador Tarso Genro e as matérias foram encaminhadas à Assembleia na última quinta-feira (dia 6), tendo sido publicadas no Diário Oficial na última sexta-feira.
As proposições tratam da anistia de pagamento de dívidas de pequenos agricultores, do limite da remuneração dos dirigentes das estatais gaúchas, do reenquadramento dos quadros de chefias e extinção de cargos em comissão e funções gratificadas, e da transferência da Fepagro da Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento para a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio.
ZEROHORA.COM
domingo, 9 de janeiro de 2011
Rio Grande do Sul: Governo Estadual debate estiagem com representantes dos 13 municípios afetados
Representantes de Candiota, Pedras Altas, Herval, Cerrito, Bagé, Pedro Osório, Lavras do Sul, Hulha Negra, Pinheiro Machado, Piratini, Dom Pedrito e Aceguá, estiveram no Palácio Piratini, na tarde de ontem, para debater a estiagem que assola o Sul do Estado. O encontro, coordenado pelo vice-governador Beto Grill, contou com a presença do governador Tarso Genro, dos secretários da Agricultura, Desenvolvimento Rural, Obras e Irrigação, Gabinete dos Prefeitos, Secretaria Geral de Governo, do secretário adjunto do Meio Ambiente, Hélio Corbelini, além de deputados federais e estaduais e representantes de movimentos sociais.
O governador esteve presente e manifestou sua solidariedade aos municípios do Sul do Estado. Genro ressaltou a importância do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativa na articulação das soluções para o quadro. "Por meio desta secretaria todas as relações internas do governo estarão à disposição, com o objetivo de auxiliar na elaboração de projetos e agir como interlocutor dos municípios em nível estadual e nacional", disse.
Após a explanação sobre o cenário da estiagem em cada município, Grill apresentou um plano de ação. No projeto, criado a partir do grupo de trabalho estabelecido na reunião do dia 5, as pastas do Desenvolvimento Rural, Agricultura e Obras e Irrigação trabalharão em sintonia, juntamente com a Defesa Civil e Emater, para garantir o abastecimento de água, distribuição de cestas básicas e realizar o levantamento das perdas no setor primário.
Grill pediu aos prefeitos dos municípios atingidos a elaboração de relatórios detalhados, destacando as reais necessidades das localidades assoladas pela seca. "Precisamos saber qual é a proporção desse cenário o mais rápido possível. Dessa forma, o plano estratégico de combate à estiagem torna-se mais eficaz", disse.
Os relatórios também serão utilizados na construção de iniciativas junto ao governo federal, por meio do Ministério da Integração Nacional, com o intuito de garantir os recursos necessários para os projetos a médio e longo prazo. Entre eles, a finalização das barragens de Taquarimbó, cujo valor da segunda etapa da obra é estimado em R$ 78 milhões, e Jaguari, que ainda necessita de R$ 50 milhões para ser concluída.
O município mais atingido é o de Candiota, onde 1,2 mil famílias estão sem água. A Defesa Civil já iniciou a distribuição de cestas básicas em localidades no interior, e também deslocou três pipas de vinil (com capacidade de 4,5 mil litros de água cada uma) para garantir o abastecimento. Os municípios de Herval e Pedras Altas já decretaram estado de emergência. Pinheiro Machado, Piratini e Dom Pedrito podem ser os próximos.
O governador esteve presente e manifestou sua solidariedade aos municípios do Sul do Estado. Genro ressaltou a importância do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativa na articulação das soluções para o quadro. "Por meio desta secretaria todas as relações internas do governo estarão à disposição, com o objetivo de auxiliar na elaboração de projetos e agir como interlocutor dos municípios em nível estadual e nacional", disse.
Após a explanação sobre o cenário da estiagem em cada município, Grill apresentou um plano de ação. No projeto, criado a partir do grupo de trabalho estabelecido na reunião do dia 5, as pastas do Desenvolvimento Rural, Agricultura e Obras e Irrigação trabalharão em sintonia, juntamente com a Defesa Civil e Emater, para garantir o abastecimento de água, distribuição de cestas básicas e realizar o levantamento das perdas no setor primário.
Grill pediu aos prefeitos dos municípios atingidos a elaboração de relatórios detalhados, destacando as reais necessidades das localidades assoladas pela seca. "Precisamos saber qual é a proporção desse cenário o mais rápido possível. Dessa forma, o plano estratégico de combate à estiagem torna-se mais eficaz", disse.
Os relatórios também serão utilizados na construção de iniciativas junto ao governo federal, por meio do Ministério da Integração Nacional, com o intuito de garantir os recursos necessários para os projetos a médio e longo prazo. Entre eles, a finalização das barragens de Taquarimbó, cujo valor da segunda etapa da obra é estimado em R$ 78 milhões, e Jaguari, que ainda necessita de R$ 50 milhões para ser concluída.
O município mais atingido é o de Candiota, onde 1,2 mil famílias estão sem água. A Defesa Civil já iniciou a distribuição de cestas básicas em localidades no interior, e também deslocou três pipas de vinil (com capacidade de 4,5 mil litros de água cada uma) para garantir o abastecimento. Os municípios de Herval e Pedras Altas já decretaram estado de emergência. Pinheiro Machado, Piratini e Dom Pedrito podem ser os próximos.
JORNAL MINUANO
Políticos da base aliada derrotados nas urnas tentam emplacar no 2º escalão
A disputa deflagrada pelos cargos no segundo escalão do governo federal abriu a porteira para pelo menos seis políticos alinhados ao Palácio do Planalto, que estavam à deriva desde a derrota nas urnas, em outubro. Depois de não conseguirem se eleger governador, senador ou deputado federal, todos buscam um cargo, o mais próximo possível da presidente Dilma Rousseff com o intuito de se manter em evidência no cenário político e não ter de voltar aos estados de origem de mãos abanando.
O posto mais cobiçado pela bloco dos “à deriva” é o de subchefe de Assuntos Parlamentares, espécie de sombra do ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio. A pasta será responsável por auxiliar o titular nas demandas do Legislativo. Um dos cotados para o posto é o deputado Paulo Rocha (PT-PA) — que renunciou ao mandato em 2005 para fugir da cassação em pleno fervor do escândalo do mensalão. Sem ter conseguido a eleição para senador, ele diz que deseja permanecer no estado. “Meu capital político está no Pará, por isso a minha preferência é por permanecer aqui”, afirmou o petista. Mesmo que não desembarque no 4º andar do Palácio do Planalto, continuar em sua base política não significa ficar de fora da máquina federal. O cargo que ele realmente almeja é um posto na regional do Pará da Eletronorte.
O posto de ajudante de Luiz Sérgio também é cobiçado por outro petista: o deputado federal Carlos Abicalil (PT-MT), que também não conquistou uma cadeira no Senado. Se não conseguir, ele aceita um cargo de confiança no Ministério da Educação, de preferência, um com destaque. Para se ter uma ideia da sanha pelos cargos comissionados, no mesmo dia da posse da presidente Dilma, a conversa que mais se ouvia nas rodas dos políticos era: qual DAS estava aberto e disponível nos ministérios. A sigla significa Direção e Assessoramento Superior, um mero jargão para designar os postos de livre nomeação.
Sábado com a família
» A presidente Dilma Rousseff passou o sábado na residência oficial da Granja do Torto. Sem compromissos oficiais, ela aproveitou para descansar e para curtir a família. A filha da presidente, Paula, e o neto, Gabriel, que moram em Porto Alegre, estão passando a semana em Brasília. A agenda da presidente prevê para hoje mais um dia sem compromissos oficiais. Segundo a assessoria do Planalto, ela ficará na Granja do Torto.
Discurso ensaiado
Um exemplo do desespero dos náufragos neste momento de preenchimento da máquina foi o discurso ensaiado pelo ex-ministro da Pesca Altemir Gregolim. Na tarde de terça-feira, o Correio testemunhou a conversa na antessala de Luiz Sérgio ensaiada pelo petista. Ele conversava com quem quisesse ouvir que gostaria de ocupar a Presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ou uma diretoria da Eletrosul. “A Conab é a minha área de atuação, mas se não der eu volto para a iniciativa privada, fazer o quê? Mas se bem que tem a Eletrosul também e o meu currículo é todo na área elétrica”, ponderou Gregolin com políticos de livre trânsito no quarto andar do Planalto.
Essa movimentação é estimulada pelos partidos. O PDT, por exemplo, quer porque quer emplacar o candidato derrotado ao governo do Paraná Osmar Dias na Presidência de Itaipu. A partir do mês que vem, o senador deixa o mandato. O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT-MS), que saiu derrotado da briga pelo Senado, também está de olho na estatal vista pelos políticos como o coração de mãe da máquina pública — aquele que sempre cabe mais um: a Eletrosul. “São pessoas com capital político considerável, ex-senadores, governadores, que o partido tem de alocar no segundo escalão, não pode deixar perder isso”, defendeu o deputado André Vargas (PT-PR), sobre as indicações do partido.
Alguns políticos rejeitam as mexidas patrocinadas pelos partidos. Pelo menos é o que diz o deputado Pedro Wilson (PT-GO). Ele queria — jamais foi cogitado pela presidente Dilma — ser o próximo ministro de Direitos Humanos. Como a intenção fez água, diz que não quer um DAS no Ministério da Educação. Os aliados do deputado federal por Goiás ainda tentam convencê-lo a mudar de ideia. (TP e II)
O posto mais cobiçado pela bloco dos “à deriva” é o de subchefe de Assuntos Parlamentares, espécie de sombra do ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio. A pasta será responsável por auxiliar o titular nas demandas do Legislativo. Um dos cotados para o posto é o deputado Paulo Rocha (PT-PA) — que renunciou ao mandato em 2005 para fugir da cassação em pleno fervor do escândalo do mensalão. Sem ter conseguido a eleição para senador, ele diz que deseja permanecer no estado. “Meu capital político está no Pará, por isso a minha preferência é por permanecer aqui”, afirmou o petista. Mesmo que não desembarque no 4º andar do Palácio do Planalto, continuar em sua base política não significa ficar de fora da máquina federal. O cargo que ele realmente almeja é um posto na regional do Pará da Eletronorte.
O posto de ajudante de Luiz Sérgio também é cobiçado por outro petista: o deputado federal Carlos Abicalil (PT-MT), que também não conquistou uma cadeira no Senado. Se não conseguir, ele aceita um cargo de confiança no Ministério da Educação, de preferência, um com destaque. Para se ter uma ideia da sanha pelos cargos comissionados, no mesmo dia da posse da presidente Dilma, a conversa que mais se ouvia nas rodas dos políticos era: qual DAS estava aberto e disponível nos ministérios. A sigla significa Direção e Assessoramento Superior, um mero jargão para designar os postos de livre nomeação.
Sábado com a família
» A presidente Dilma Rousseff passou o sábado na residência oficial da Granja do Torto. Sem compromissos oficiais, ela aproveitou para descansar e para curtir a família. A filha da presidente, Paula, e o neto, Gabriel, que moram em Porto Alegre, estão passando a semana em Brasília. A agenda da presidente prevê para hoje mais um dia sem compromissos oficiais. Segundo a assessoria do Planalto, ela ficará na Granja do Torto.
Discurso ensaiado
Um exemplo do desespero dos náufragos neste momento de preenchimento da máquina foi o discurso ensaiado pelo ex-ministro da Pesca Altemir Gregolim. Na tarde de terça-feira, o Correio testemunhou a conversa na antessala de Luiz Sérgio ensaiada pelo petista. Ele conversava com quem quisesse ouvir que gostaria de ocupar a Presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ou uma diretoria da Eletrosul. “A Conab é a minha área de atuação, mas se não der eu volto para a iniciativa privada, fazer o quê? Mas se bem que tem a Eletrosul também e o meu currículo é todo na área elétrica”, ponderou Gregolin com políticos de livre trânsito no quarto andar do Planalto.
Essa movimentação é estimulada pelos partidos. O PDT, por exemplo, quer porque quer emplacar o candidato derrotado ao governo do Paraná Osmar Dias na Presidência de Itaipu. A partir do mês que vem, o senador deixa o mandato. O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT-MS), que saiu derrotado da briga pelo Senado, também está de olho na estatal vista pelos políticos como o coração de mãe da máquina pública — aquele que sempre cabe mais um: a Eletrosul. “São pessoas com capital político considerável, ex-senadores, governadores, que o partido tem de alocar no segundo escalão, não pode deixar perder isso”, defendeu o deputado André Vargas (PT-PR), sobre as indicações do partido.
Alguns políticos rejeitam as mexidas patrocinadas pelos partidos. Pelo menos é o que diz o deputado Pedro Wilson (PT-GO). Ele queria — jamais foi cogitado pela presidente Dilma — ser o próximo ministro de Direitos Humanos. Como a intenção fez água, diz que não quer um DAS no Ministério da Educação. Os aliados do deputado federal por Goiás ainda tentam convencê-lo a mudar de ideia. (TP e II)
Mais uma tentativa de cortar salários extras na Câmara Legislativa
A atual Mesa Diretora da Câmara Legislativa defende a extinção do pagamento dos 14º e 15º salários pagos anualmente aos parlamentares, o que representaria uma economia de R$ 1 milhão, também anual, para a Casa. Para tanto, o deputado Raad Massouh (DEM) reapresentou, na última semana, um projeto de lei de sua autoria que prevê o corte. A iniciativa conta com o apoio do presidente da Casa, deputado Patrício (PT), e do terceiro-secretário, Joe Valle (PSB), e precisa de oito assinaturas para ser apresentada como projeto de resolução e ir a plenário. Os nomes começam a ser colhidos entre os distritais amanhã. Para ser autorizada, a medida necessita de aprovação da maioria simples, ou seja, de 13 deputados.
“Já recebi diversos telefonemas de parlamentares apoiando a iniciativa, não creio que será difícil reunir as assinaturas necessárias nem aprovar o projeto. Trata-se de uma situação extremamente injusta para com o restante da sociedade. Acredito que, pelo momento político, a Câmara fará questão de mostrar que a crise no passado não vai prosseguir”, disse Raad. O vice-presidente da Casa, deputado Dr. Michel (PSL), adiantou ao Correio que também pretende assinar favoravelmente ao projeto. “Tomarei minha decisão com a maioria da Mesa, não vou contra o colegiado”, explicou.
Para o deputado Patrício, a medida, mais que uma preocupação econômica, reflete uma atitude de moralização. “Essa iniciativa deve ser tomada por uma questão moral, mais do que financeira. Ela é importante para o momento que estamos vivendo”, explicou. Os salários extras dos distritais não entram nas contas dos limites de comprometimento da receita estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e, portanto, não fazem parte do pacote de medidas com o fim de diminuir gastos que vêm sendo executados pela Casa desde o início do ano.
Na última sexta-feira, o Ministério Público do Distrital Federal e Territórios (MPDFT) afirmou ao Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo do Distrito Federal (Sindical) que não existe a possibilidade de assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Câmara para liberar novas nomeações na Casa, que estão proibidas judicialmente. O presidente da Câmara, no entanto, ressaltou ao Correio que, em nenhum momento, a assinatura do termo foi cogitada. “Estamos trabalhando na reestruturação efetiva dos cargos da Casa, temos que cortar na carne. Não adianta permitir que voltem as nomeações se o número de cargos pode, por exemplo, diminuir com essa nova estrutura que estamos estudando ”, explicou. Na última semana, 447 comissionados foram exonerados.
Memória
Iniciativa frustrada
Essa não é a primeira vez que a Câmara Legislativa coloca em questionamento o pagamento dos 14º e 15º dos distritais. Em 2007, o assunto foi levantado por meio de um projeto do então deputado José Antônio Reguffe (PDT). Na ocasião, a Mesa Diretora acabou por aprovar um substitutivo apresentado pelo segundo-secretário da Casa na época, Júnior Brunelli (DEM), pelo qual os deputados que desejassem abrir mão dos benefícios poderiam fazê-lo por meio de aviso ao setor de Recursos Humanos da Casa. Atualmente, o parlamentar que deseja abrir mão do benefício deve redigir uma declaração dirigida à Mesa Diretora da Casa.
“Já recebi diversos telefonemas de parlamentares apoiando a iniciativa, não creio que será difícil reunir as assinaturas necessárias nem aprovar o projeto. Trata-se de uma situação extremamente injusta para com o restante da sociedade. Acredito que, pelo momento político, a Câmara fará questão de mostrar que a crise no passado não vai prosseguir”, disse Raad. O vice-presidente da Casa, deputado Dr. Michel (PSL), adiantou ao Correio que também pretende assinar favoravelmente ao projeto. “Tomarei minha decisão com a maioria da Mesa, não vou contra o colegiado”, explicou.
Para o deputado Patrício, a medida, mais que uma preocupação econômica, reflete uma atitude de moralização. “Essa iniciativa deve ser tomada por uma questão moral, mais do que financeira. Ela é importante para o momento que estamos vivendo”, explicou. Os salários extras dos distritais não entram nas contas dos limites de comprometimento da receita estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e, portanto, não fazem parte do pacote de medidas com o fim de diminuir gastos que vêm sendo executados pela Casa desde o início do ano.
Na última sexta-feira, o Ministério Público do Distrital Federal e Territórios (MPDFT) afirmou ao Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo do Distrito Federal (Sindical) que não existe a possibilidade de assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Câmara para liberar novas nomeações na Casa, que estão proibidas judicialmente. O presidente da Câmara, no entanto, ressaltou ao Correio que, em nenhum momento, a assinatura do termo foi cogitada. “Estamos trabalhando na reestruturação efetiva dos cargos da Casa, temos que cortar na carne. Não adianta permitir que voltem as nomeações se o número de cargos pode, por exemplo, diminuir com essa nova estrutura que estamos estudando ”, explicou. Na última semana, 447 comissionados foram exonerados.
Memória
Iniciativa frustrada
Essa não é a primeira vez que a Câmara Legislativa coloca em questionamento o pagamento dos 14º e 15º dos distritais. Em 2007, o assunto foi levantado por meio de um projeto do então deputado José Antônio Reguffe (PDT). Na ocasião, a Mesa Diretora acabou por aprovar um substitutivo apresentado pelo segundo-secretário da Casa na época, Júnior Brunelli (DEM), pelo qual os deputados que desejassem abrir mão dos benefícios poderiam fazê-lo por meio de aviso ao setor de Recursos Humanos da Casa. Atualmente, o parlamentar que deseja abrir mão do benefício deve redigir uma declaração dirigida à Mesa Diretora da Casa.
Correio Braziliense
Para Paulo Bernardo, político não deve ter concessões de rádio e TV
Brasília – O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou hoje (7/12) que é contra a concessão de emissoras de rádio e televisão para políticos. Bernardo, no entanto, reconheceu que esse é um tema sensível e que ainda precisa de regulamentação.
“Tem uma restrição colocada na Constituição, mas não está regulamentada. Todos sabem que tem um monte de políticos que tem rádio e televisão e acho que não deveria ser permitido”, afirmou ele, após reunião com a presidenta Dilma Rousseff para tratar do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
Paulo Bernardo lembrou de uma entrevista que deu esta semana sobre o assunto. “Fiz uma avaliação realista, pragmática, de que acho um tema difícil, sensível, por que tem que ser aprovado no Congresso. Até brinquei que é mais fácil votar o impeachment de um presidente do que a revogação de uma concessão de rádio e TV”, disse.
“Tem uma restrição colocada na Constituição, mas não está regulamentada. Todos sabem que tem um monte de políticos que tem rádio e televisão e acho que não deveria ser permitido”, afirmou ele, após reunião com a presidenta Dilma Rousseff para tratar do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
Paulo Bernardo lembrou de uma entrevista que deu esta semana sobre o assunto. “Fiz uma avaliação realista, pragmática, de que acho um tema difícil, sensível, por que tem que ser aprovado no Congresso. Até brinquei que é mais fácil votar o impeachment de um presidente do que a revogação de uma concessão de rádio e TV”, disse.
Correio Braziliense
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Bajeenses enfrentam o primeiro dia do racionamento
O racionamento de água de 12 horas diárias entrou em vigor ontem em Bagé.
A fraca chuva que caiu na cidade, e que até o fim da tarde somava apenas 4,8 milímetros, pouco influenciou nos níveis das barragens. A Sanga Rasa está 4,10 metros abaixo do normal, a do Piray 1,80 metro aquém da normalidade, e a Emergencial está 80 centímetros abaixo do nível normal. Desde a notícia do racionamento, os bajeenses já se preparavam para este período, que altera a rotina das casas.
A dona de casa Fernanda Pinto da Rosa, moradora do bairro Habitar Brasil, conta que desde que soube da medida começou a juntar água em panelas, garrafas e galões, já que não possui caixa d’água, fato este, que mais traz preocupação. Fernanda destaca que são quatro os moradores da casa, sendo duas crianças pequenas. “Vai ser difícil juntar. Não sei como vou enfrentar o racionamento” lamenta.
A dona de casa Vanessa Medeiros, moradora do bairro Habitar Brasil, a situação não é tão grave quanto de Fabiana, já que possui um tonel improvisado como caixa d’água, o que lhe garante armazenar uma quantia a mais de água. Conta que o racionamento muda toda a rotina da casa, tendo que se adaptar aos horários do abastecimento para tomar banho e limpar a casa. Mãe de duas filhas e grávida de sete meses de gêmeas, Vanessa está preocupada com o que considera mais essencial que é a higiene pessoal de suas filhas, “preciso da água principalmente para as crianças” destaca. Com a previsão de nascimento das gêmeas para fevereiro, a tensão aumenta, já que os bebês chegarão em meio ao racionamento. Visando este período, Vanessa já guarda água em garrafas, porém, acha difícil conseguir manter um grande estoque até lá.
Segundo o diretor de captação e tratamento do Daeb, Sérgio Gonçalves Rodrigues, a economia gerada através do racionamento só será analisada no fim desta semana. Gonçalves lembra que no último período em que foi adotada, de junho a setembro de 2009, a medida trouxe redução de 20 a 25% no consumo. Porém, o diretor destaca que o período em que ocorreu o outro racionamento foi na saída do inverno e no início da primavera, “o momento agora é diferenciado, já que estamos no verão” argumenta. O racionamento não possui previsão de término, visto que para que isso ocorra deve haver a chuva esperada para o mês, aproximadamente 120 milímetros, mais a reposição do déficit, o que representaria cerca de 250 milímetros em apenas um mês. Já que a previsão das principais agências meteorológicas é que as chuvas ocorram abaixo do normal até o mês de abril, a tendência é que se mantenha o racionamento até que as barragens atinjam uma média satisfatória. Gonçalves chama a atenção da população para o consumo consciente, “estamos alertando para que evitem o desperdício” salienta.
INFORMAÇÕES
*************
O Daeb está à disposição, através da Central de Serviços, para esclarecer dúvidas sobre o funcionamento do racionamento, pelos telefones 115 e 0800 5102 219. Os esclarecimentos também podem ser solicitados pelo o e-mail comunicacao@daeb.com.br ou para o Fale Conosco do site www.daeb.com.br.
INFORMAÇÕES
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O Daeb está à disposição, através da Central de Serviços, para esclarecer dúvidas sobre o funcionamento do racionamento, pelos telefones 115 e 0800 5102 219. Os esclarecimentos também podem ser solicitados pelo o e-mail comunicacao@daeb.com.br ou para o Fale Conosco do site www.daeb.com.br.
JORNAL MINUANO
sábado, 1 de janeiro de 2011
Dilma nomeará 13 mullheres que trabalharão diretamente com ela
Escolhidas são conhecidas pela discrição e lealdade
Se toda mulher tem um pouco de Leila Diniz pela vontade de quebrar padrões de comportamento, Cléo, Marly, Jane têm ainda um pouco de “Dilma” em suas personalidades. Essas mulheres foram escolhidas — com outras 10 — pela presidente eleita para acompanhá-la na nova rotina presidencial. Pessoas próximas as consideram decididas, fortes, leais e discretas, características comuns à presidente. Elas devem integrar o Gabinete Pessoal da Presidência da República. As nomeações serão divulgadas nos primeiros dias do ano.
Cleonice Maria Dorneles tornou-se a principal assessora de Dilma. Começou a militância política na década de 1980. Cléo, como é conhecida, integrou a Brigada Enfil na Nicarágua. O grupo de jovens cheio de ideologias ajudava na construção democrática do país depois de quase 40 anos de ditadura. Colhiam café e trabalhavam na campanha de alfabetização. Cléo passou cerca de três meses na Unidade de Produção Estatal de Las Rosas, em Matagalpa, ao lado de outros 25 brasileiros. Entre eles, o artista Chico Simões. Acordava de madrugada. Não tinha hora para dormir. Os jovens estavam sempre em formação militar. A assessora destacou a experiência em um blog de brigadistas como “os melhores dias de sua vida”.
Hoje Cléo também acorda cedo: sai de casa às 6h. Só volta depois da meia-noite. A dedicação à presidente eleita é exclusiva e a mala está sempre pronta para acompanhá-la nas viagens. “Não tem hora de trabalho para ela. Está sempre disponível e tem todas as informações na mão, como a Dilma”, comenta uma colega. Cléo tem dois filhos: um menino de 20 e uma menina de 11. Apesar de ter nascido em Minas, ela fez a vida na capital federal. Vive na Asa Norte e solicitou um apartamento funcional para a família.
Militante do PT-DF, Cléo trabalhou com Dilma na Casa Civil. Já tinha assessorado o então ministro da Saúde, Humberto Costa. “Como a gente diz em Pernambuco, Cléo é ‘jeitosa’. Tem muito traquejo político”, afirma o ex-chefe, eleito senador (PT-PE). A militância partidária sempre foi motivo de orgulho para Cléo, que, em 2006, chegou a contribuir financeiramente com as campanhas eleitorais. Doou R$ 200 para Geraldo Magela e R$ 260 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Sempre alerta
A adrenalina das grandes operações da Polícia Federal (PF), especialmente aquelas de assalto à banco — suas preferidas — deram espaço ao estado de alerta constante. Jane Peres é agente da PF e, desde o início da campanha eleitoral, ela e mais cinco policiais acompanham a presidente eleita. A empatia e a confiança entre ela e a presidente é recíproca. Dilma já convidou Jane para acompanhá-la no novo governo.
“Toda mulher que ocupa um cargo predominantemente masculino precisa demonstrar mais força, competência, sem perder a feminilidade. Tem que ser um pouco Dilma mesmo”, brinca a agente que tem 15 anos de corporação e, apesar da simpatia, fama de durona.
Casada com um agente especial da PF e mãe de quatro filho, a pernambucana está maquiada até nos treinos. O batom rosa destaca os traços finos. E os cabelos longos e lisos estão arrumados mesmo depois de muita chuva. Antes de entrar na corporação, ela trabalhava em um gabinete do Tribunal de Justiça. Levava, segundo ela, uma vida de dondoca. Passou no concurso em 1995. A primeira missão foi na fronteira do Brasil com a Bolívia. Enfrentou nas primeiras 24 horas de PF um tiroteio. Tomou gosto.
Essa paixão pelo trabalho parecer ser o ponto em comum entre Jane, a mais experiente do grupo, e as outras cinco agentes. Todas especializaram-se na segurança de autoridades apesar de já terem enfrentado diversas missões. A gaúcha Lícia Steint é outra que deve ficar na equipe de Dilma. Avessa às câmeras, a agente é extremamente concentrada no trabalho. A escolta feminina foi um pedido de Dilma. As “meninas”, também chamadas de “minha filha” pela presidente, ganharam tanto destaque que irão ao lado do carro de Dilma no desfile.
Marly Ponce Branco tornou-se fiel escudeira de Dilma. Eficiente, rápida, dedicada, a ex-assessora técnica da Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil começou a trabalhar com a presidente eleita no Ministério de Minas e Energia, quando ela chefiava a pasta. Casada com Raul Branco, economista e membro da Sociedade Teosófica no Brasil, a assessora é bastante religiosa. “Assim como ela, Marly é muito discreta. Dilma gosta disso”, afirma um funcionário da equipe de transição. Durante a fase, a assessora ganhou destaque na imprensa depois de encomendar um berço para o neto da presidente. O móvel não foi pago com dinheiro público.
A equipe é mais feminina porque Dilma deve escolher as pessoas que ela considera mais preparadas para aquele trabalho e isso (a escolha de mulheres) parece uma grande novidade”
Miriam Goldember, antropóloga
Orgulho das militantes
» Josie Jeronimo
Há 20 anos, quando disputou a eleição para a prefeitura de Salgueiro, município localizado a 500 quilômetros de Recife, a então candidata Cleuza Pereira viu seu adversário utilizar uma entrevista com uma eleitora para desqualificar sua candidatura. “O que você acha de uma mulher governar Salgueiro?”, perguntava o suposto entrevistador. “Ah, eu não mando nem na minha casa”, respondeu a mulher consultada. Cleuza, hoje com 74 anos, venceu o preconceito dos pernambucanos do interior e foi prefeita de Salgueiro por três vezes. Já no comando da prefeitura, não deixou de enfrentar o machismo na administração pública. Ela conta que veio a Brasília em busca de recursos e, na antessala de um ministro, antes de ser atendida, em 1993, ouviu de uma secretária: “Você trouxe o seu prefeito?.”
Filiada ao PSB, a ex-prefeita atualmente não exerce cargo público, mas comemora a chegada de Dilma Rousseff à Presidência da República. “Nós mulheres somos consideradas ótimas para ser secretárias, para coordenar campanhas dos homens, mas ser indicadas para governar algo que leve nosso próprio nome é difícil. Por isso, admirei tanto o presidente Lula, por colocar mulheres em postos de relevo e depois indicar o nome de Dilma”, elogia.
Há 30 anos, em um congresso de partidos de esquerda realizado na Asa Sul, em Brasília, a atriz Clara Luz, nome artístico de Clarestina Maria de Jesus, 85 anos, interrompeu a fala de um militante e gritou no meio da reunião: “Nós queremos ver uma mulher na Presidência”. Foi saudada por calorosos aplausos das feministas presentes, mas a manifestação foi esfriada pelo comentário da amiga. “Você sonha muito alto, Clara”. A atriz afirma que ver uma mulher chegar ao poder é a realização do sonho de muitas militantes feministas que ficaram à margem da representação democrática durante longo período da história brasileira. “Havia muita censura. Se em 2011 nós temos um preconceito, imagina há 30 anos. Antes a mulher não competia com o homem. Nunca poderia imaginar que eu, aos meus 85 anos, veria uma mulher presidente da República.”
Só milagre
O destino social das mulheres, geralmente eternizado com o posto da mãe de família, era tão intransponível que a fundadora do PT da Paraíba, Eliza Mineiros, chegou a rezar para que um milagre ampliasse seu mundo, até então restrito a uma propriedade rural de seu pai, no Cariri. “Meu Divino Espírito Santo, peço que o senhor me tire desse sítio atrasado porque eu quero ser uma doutora”, relembra do pedido feito aos nove anos de idade.
À época, um professor visitava a casa das famílias rurais para alfabetizar as crianças e nem sempre a dedicação à educação das meninas era a mesma oferecida aos meninos. Hoje, aos 86 anos, ela se orgulha dos títulos de assistente social e da pós-graduação em pedagogia, cursada no Rio de Janeiro. Alçou outros voos e, em sua militância pelos direitos humanos, conheceu um famoso líder sindical em São Bernardo do Campo conhecido como Lula. Depois disso, “tomou gosto” pela política. “Lutei muito por ela (Dilma), embora não a conheça pessoalmente. Era chegado o momento histórico de uma mulher ocupar a presidência da República, porque as mulheres têm a mesma competência dos homens. Sempre tive esse ideal.”
Planos de visitante
» Leandro Kleber
Especial para o Correio
Leonardo Arruda/Esp. CB/D.A Press
Rodrigo e Carlos estão em um albergue: setor espera ocupação máxima
A Esplanada dos Ministérios na capital federal chamará hoje a atenção de todos os brasileiros. Quem quis prestigiar as solenidades de posse da presidente eleita, Dilma Rousseff,— em sua maioria militantes do PT, eleitores da petista e aventureiros que aproveitaram o evento para conhecer a cidade — movimentaram as áreas de desembarque do aeroporto e da rodoviária de Brasília nos últimos dias. “Será um momento inédito. A primeira presidente eleita do país dará continuidade aos projetos políticos do maior presidente da história do Brasil”, comemora a petista gaúcha Maria Helena Cordeiro, 63 anos, que desembarcou na última quinta-feira para ver a posse de Dilma.
A chegada dos visitantes é menor do que a registrada no fim de 2002, antes do presidente Lula ser empossado no Palácio do Planalto, mas empolga os viajantes. Hélida Catelan, 52 anos, outra gaúcha filiada ao PT que veio a Brasília prestigiar o evento, se orgulha do momento. “Votei nela pela identidade partidária e pelo projeto político apresentado. Ainda me orgulho por ela ser gaúcha (Dilma nasceu em Minas Gerais e fez carreira política no Rio Grande do Sul)”, diz. As duas petistas irão cedo à Praça dos Três Poderes para ficarem próximas ao Palácio do Planalto, onde Dilma fará o pronunciamento à nação. “A ideia é chegar o mais cedo possível. Em 2003, fiquei bem na grade, em frente ao Planalto porque cheguei 9h”, conta Maria Helena. “Como boa petista, vamos estar fardadas (com vestimentas do partido). Será uma bela festa”, diz Hélida.
Os professores paulistas Carlos Rogério Gonçalves e Rodrigo Ferreira, que chegaram a Brasília na última quinta-feira para ver a posse e estão hospedados em um dos albergues da cidade, pensam que Dilma será discriminada por ser mulher. “Quando ocorrerem as primeiras crises, acho que o preconceito contra a mulher vai ficar evidenciado. Vão jogar na cara dela”, acredita Rodrigo Ferreira, que leciona história a alunos do ensino médio. Ele se diz simpático ao PT e votou em Dilma por considerá-la “muito técnica, convicta do que faz, decidida e preparada”.
Já seu colega, que dá aula de geografia também para secundaristas em uma escola particular de São Paulo, confessa que optou por Dilma no segundo turno das eleições por falta de opção. “Talvez por isso, eu vou usar uma roupa mais neutra no dia da posse. Vim a Brasília mais para conhecer a capital do país. Sempre falo da cidade aos meus alunos. Tenho grande admiração por Oscar Niemeyer”, afirma. Os dois voltam para São Paulo neste domingo.
A expectativa do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília é de que praticamente todos os 24 mil leitos disponíveis na cidade estejam ocupados. “O movimento nos restaurantes também vai aumentar pelo menos 10% nesse período”, afirma Clayton Machado, presidente do sindicato.
Cleonice Maria Dorneles tornou-se a principal assessora de Dilma. Começou a militância política na década de 1980. Cléo, como é conhecida, integrou a Brigada Enfil na Nicarágua. O grupo de jovens cheio de ideologias ajudava na construção democrática do país depois de quase 40 anos de ditadura. Colhiam café e trabalhavam na campanha de alfabetização. Cléo passou cerca de três meses na Unidade de Produção Estatal de Las Rosas, em Matagalpa, ao lado de outros 25 brasileiros. Entre eles, o artista Chico Simões. Acordava de madrugada. Não tinha hora para dormir. Os jovens estavam sempre em formação militar. A assessora destacou a experiência em um blog de brigadistas como “os melhores dias de sua vida”.
Hoje Cléo também acorda cedo: sai de casa às 6h. Só volta depois da meia-noite. A dedicação à presidente eleita é exclusiva e a mala está sempre pronta para acompanhá-la nas viagens. “Não tem hora de trabalho para ela. Está sempre disponível e tem todas as informações na mão, como a Dilma”, comenta uma colega. Cléo tem dois filhos: um menino de 20 e uma menina de 11. Apesar de ter nascido em Minas, ela fez a vida na capital federal. Vive na Asa Norte e solicitou um apartamento funcional para a família.
Militante do PT-DF, Cléo trabalhou com Dilma na Casa Civil. Já tinha assessorado o então ministro da Saúde, Humberto Costa. “Como a gente diz em Pernambuco, Cléo é ‘jeitosa’. Tem muito traquejo político”, afirma o ex-chefe, eleito senador (PT-PE). A militância partidária sempre foi motivo de orgulho para Cléo, que, em 2006, chegou a contribuir financeiramente com as campanhas eleitorais. Doou R$ 200 para Geraldo Magela e R$ 260 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Sempre alerta
A adrenalina das grandes operações da Polícia Federal (PF), especialmente aquelas de assalto à banco — suas preferidas — deram espaço ao estado de alerta constante. Jane Peres é agente da PF e, desde o início da campanha eleitoral, ela e mais cinco policiais acompanham a presidente eleita. A empatia e a confiança entre ela e a presidente é recíproca. Dilma já convidou Jane para acompanhá-la no novo governo.
“Toda mulher que ocupa um cargo predominantemente masculino precisa demonstrar mais força, competência, sem perder a feminilidade. Tem que ser um pouco Dilma mesmo”, brinca a agente que tem 15 anos de corporação e, apesar da simpatia, fama de durona.
Casada com um agente especial da PF e mãe de quatro filho, a pernambucana está maquiada até nos treinos. O batom rosa destaca os traços finos. E os cabelos longos e lisos estão arrumados mesmo depois de muita chuva. Antes de entrar na corporação, ela trabalhava em um gabinete do Tribunal de Justiça. Levava, segundo ela, uma vida de dondoca. Passou no concurso em 1995. A primeira missão foi na fronteira do Brasil com a Bolívia. Enfrentou nas primeiras 24 horas de PF um tiroteio. Tomou gosto.
Essa paixão pelo trabalho parecer ser o ponto em comum entre Jane, a mais experiente do grupo, e as outras cinco agentes. Todas especializaram-se na segurança de autoridades apesar de já terem enfrentado diversas missões. A gaúcha Lícia Steint é outra que deve ficar na equipe de Dilma. Avessa às câmeras, a agente é extremamente concentrada no trabalho. A escolta feminina foi um pedido de Dilma. As “meninas”, também chamadas de “minha filha” pela presidente, ganharam tanto destaque que irão ao lado do carro de Dilma no desfile.
Marly Ponce Branco tornou-se fiel escudeira de Dilma. Eficiente, rápida, dedicada, a ex-assessora técnica da Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil começou a trabalhar com a presidente eleita no Ministério de Minas e Energia, quando ela chefiava a pasta. Casada com Raul Branco, economista e membro da Sociedade Teosófica no Brasil, a assessora é bastante religiosa. “Assim como ela, Marly é muito discreta. Dilma gosta disso”, afirma um funcionário da equipe de transição. Durante a fase, a assessora ganhou destaque na imprensa depois de encomendar um berço para o neto da presidente. O móvel não foi pago com dinheiro público.
A equipe é mais feminina porque Dilma deve escolher as pessoas que ela considera mais preparadas para aquele trabalho e isso (a escolha de mulheres) parece uma grande novidade”
Miriam Goldember, antropóloga
Orgulho das militantes
» Josie Jeronimo
Há 20 anos, quando disputou a eleição para a prefeitura de Salgueiro, município localizado a 500 quilômetros de Recife, a então candidata Cleuza Pereira viu seu adversário utilizar uma entrevista com uma eleitora para desqualificar sua candidatura. “O que você acha de uma mulher governar Salgueiro?”, perguntava o suposto entrevistador. “Ah, eu não mando nem na minha casa”, respondeu a mulher consultada. Cleuza, hoje com 74 anos, venceu o preconceito dos pernambucanos do interior e foi prefeita de Salgueiro por três vezes. Já no comando da prefeitura, não deixou de enfrentar o machismo na administração pública. Ela conta que veio a Brasília em busca de recursos e, na antessala de um ministro, antes de ser atendida, em 1993, ouviu de uma secretária: “Você trouxe o seu prefeito?.”
Filiada ao PSB, a ex-prefeita atualmente não exerce cargo público, mas comemora a chegada de Dilma Rousseff à Presidência da República. “Nós mulheres somos consideradas ótimas para ser secretárias, para coordenar campanhas dos homens, mas ser indicadas para governar algo que leve nosso próprio nome é difícil. Por isso, admirei tanto o presidente Lula, por colocar mulheres em postos de relevo e depois indicar o nome de Dilma”, elogia.
Há 30 anos, em um congresso de partidos de esquerda realizado na Asa Sul, em Brasília, a atriz Clara Luz, nome artístico de Clarestina Maria de Jesus, 85 anos, interrompeu a fala de um militante e gritou no meio da reunião: “Nós queremos ver uma mulher na Presidência”. Foi saudada por calorosos aplausos das feministas presentes, mas a manifestação foi esfriada pelo comentário da amiga. “Você sonha muito alto, Clara”. A atriz afirma que ver uma mulher chegar ao poder é a realização do sonho de muitas militantes feministas que ficaram à margem da representação democrática durante longo período da história brasileira. “Havia muita censura. Se em 2011 nós temos um preconceito, imagina há 30 anos. Antes a mulher não competia com o homem. Nunca poderia imaginar que eu, aos meus 85 anos, veria uma mulher presidente da República.”
Só milagre
O destino social das mulheres, geralmente eternizado com o posto da mãe de família, era tão intransponível que a fundadora do PT da Paraíba, Eliza Mineiros, chegou a rezar para que um milagre ampliasse seu mundo, até então restrito a uma propriedade rural de seu pai, no Cariri. “Meu Divino Espírito Santo, peço que o senhor me tire desse sítio atrasado porque eu quero ser uma doutora”, relembra do pedido feito aos nove anos de idade.
À época, um professor visitava a casa das famílias rurais para alfabetizar as crianças e nem sempre a dedicação à educação das meninas era a mesma oferecida aos meninos. Hoje, aos 86 anos, ela se orgulha dos títulos de assistente social e da pós-graduação em pedagogia, cursada no Rio de Janeiro. Alçou outros voos e, em sua militância pelos direitos humanos, conheceu um famoso líder sindical em São Bernardo do Campo conhecido como Lula. Depois disso, “tomou gosto” pela política. “Lutei muito por ela (Dilma), embora não a conheça pessoalmente. Era chegado o momento histórico de uma mulher ocupar a presidência da República, porque as mulheres têm a mesma competência dos homens. Sempre tive esse ideal.”
Planos de visitante
» Leandro Kleber
Especial para o Correio
Leonardo Arruda/Esp. CB/D.A Press
Rodrigo e Carlos estão em um albergue: setor espera ocupação máxima
A Esplanada dos Ministérios na capital federal chamará hoje a atenção de todos os brasileiros. Quem quis prestigiar as solenidades de posse da presidente eleita, Dilma Rousseff,— em sua maioria militantes do PT, eleitores da petista e aventureiros que aproveitaram o evento para conhecer a cidade — movimentaram as áreas de desembarque do aeroporto e da rodoviária de Brasília nos últimos dias. “Será um momento inédito. A primeira presidente eleita do país dará continuidade aos projetos políticos do maior presidente da história do Brasil”, comemora a petista gaúcha Maria Helena Cordeiro, 63 anos, que desembarcou na última quinta-feira para ver a posse de Dilma.
A chegada dos visitantes é menor do que a registrada no fim de 2002, antes do presidente Lula ser empossado no Palácio do Planalto, mas empolga os viajantes. Hélida Catelan, 52 anos, outra gaúcha filiada ao PT que veio a Brasília prestigiar o evento, se orgulha do momento. “Votei nela pela identidade partidária e pelo projeto político apresentado. Ainda me orgulho por ela ser gaúcha (Dilma nasceu em Minas Gerais e fez carreira política no Rio Grande do Sul)”, diz. As duas petistas irão cedo à Praça dos Três Poderes para ficarem próximas ao Palácio do Planalto, onde Dilma fará o pronunciamento à nação. “A ideia é chegar o mais cedo possível. Em 2003, fiquei bem na grade, em frente ao Planalto porque cheguei 9h”, conta Maria Helena. “Como boa petista, vamos estar fardadas (com vestimentas do partido). Será uma bela festa”, diz Hélida.
Os professores paulistas Carlos Rogério Gonçalves e Rodrigo Ferreira, que chegaram a Brasília na última quinta-feira para ver a posse e estão hospedados em um dos albergues da cidade, pensam que Dilma será discriminada por ser mulher. “Quando ocorrerem as primeiras crises, acho que o preconceito contra a mulher vai ficar evidenciado. Vão jogar na cara dela”, acredita Rodrigo Ferreira, que leciona história a alunos do ensino médio. Ele se diz simpático ao PT e votou em Dilma por considerá-la “muito técnica, convicta do que faz, decidida e preparada”.
Já seu colega, que dá aula de geografia também para secundaristas em uma escola particular de São Paulo, confessa que optou por Dilma no segundo turno das eleições por falta de opção. “Talvez por isso, eu vou usar uma roupa mais neutra no dia da posse. Vim a Brasília mais para conhecer a capital do país. Sempre falo da cidade aos meus alunos. Tenho grande admiração por Oscar Niemeyer”, afirma. Os dois voltam para São Paulo neste domingo.
A expectativa do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília é de que praticamente todos os 24 mil leitos disponíveis na cidade estejam ocupados. “O movimento nos restaurantes também vai aumentar pelo menos 10% nesse período”, afirma Clayton Machado, presidente do sindicato.
CORREIO BRAZILIENSE
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