Emoção é a palavra que melhor pode traduzir o momento da abertura oficial da Unidade de Alta Complexidade e Oncologia de Bagé (Unacon).
Depois de mais de 12 anos desde a aprovação da verba na Consulta Popular, a formalização da abertura da unidade em Bagé começou por volta das 12h de ontem, na sede onde já está funcionando o tratamento de câncer na cidade.
Diversas autoridades, entre políticos locais e da região, comunidade em geral e integrantes de grupo de apoio a pessoas com câncer, como o Ajudantes Anônimos (AJA), Grupo Marcos Mattos e Grupo Mulher Consciente, se fizeram presentes no evento, que durou cerca de duas horas.
Diversas autoridades, entre políticos locais e da região, comunidade em geral e integrantes de grupo de apoio a pessoas com câncer, como o Ajudantes Anônimos (AJA), Grupo Marcos Mattos e Grupo Mulher Consciente, se fizeram presentes no evento, que durou cerca de duas horas.
Rosimeri Fagundes, de 45 anos, que, no passado, provocou a abertura de um abaixo assinado para agilizar a instalação da unidade em Bagé, diz que, em nome não só dela, mas de todos que vão precisar de tratamento, o dia de ontem foi um marco para a cidade. “Só quem passa sabe o que é ter que viajar para o tratamento e o que é o sacrifício disso”, comentou.
O coordenador do AJA, Breno Gasparri, considera a vinda do tratamento para a cidade o resultado da determinação de um grupo de pessoas de tornar o impossível possível. “Tudo que parecia contrário agora é uma realidade”, disse ele, complementando que, atualmente, 30 pessoas participam do AJA. “Muitos passaram pelo grupo e alguns se foram”, comentou, dizendo que, agora, uma nova luta começa: a da vinda da radioterapia já que, por enquanto, só é oferecido o tratamento de quimioterapia.
A mãe do jovem Marcos Mattos, que dá nome a um grupo de apoio a pessoas com câncer, Marcelina Mattos, mostrava recortes de jornais desde 2001, com todas as histórias e as notícias relativas ao tema. No final, um abaixo-assinado com cerca de três mil assinaturas para que o centro de tratamento leve o nome do jovem, em retribuição à luta dos pais, Marcelina e Ivar Mattos, para que a oncologia viesse para a cidade. “Embora isso tudo tenha me causado muita dor, hoje é um dia feliz. Perdi o meu filho, mas não cruzei os braços, porque muita gente ainda precisa de tratamento”, disse ela, emocionada.
Um dos discursos mais aplaudidos foi o do radialista Edgar Muza, apontado como um dos idealizadores do projeto, que lembrou a trajetória para a conquista do centro, desde as primeiras tratativas, em 1997.
O médico Dionísio Becker, diretor técnico da unidade, apresentou a equipe de trabalho que conta com oncologista clínico, cirurgiões oncológicos e técnicos de enfermagem entre outros. “Estou emocionado e ansioso para que nós, médicos e comunidade, possamos fazer bem feito o nosso papel”, declarou. “Devemos, de certa forma, pedir perdão aos que se foram porque, se houvesse essa unidade aqui, poderia ter sido diferente”, acrescentou, lembrando dos inúmeros pacientes falecidos com câncer na cidade.
O provedor da Santa Casa, Luiz Alberto Vargas, lembrou os pacientes dos municípios vizinhos que também serão beneficiados com o início do tratamento local. “Esperamos que daqui a pouco tempo, quem sabe um ou dois anos, estejamos aqui inaugurando também o serviço de radioterapia”, finalizou.
A secretária estadual de Educação, Arita Bergmann, lembrou que, no dia 11 de setembro, em visita à cidade, presenciou pessoas irem às lágrimas pela falta de definição do tratamento em Bagé. Naquele dia, houve uma definição positiva. “Estou quase ficando em Bagé, porque aqui temos grandes emoções”, declarou a secretária, complementando que a oncologia na cidade é uma conquista de todos.
A cerimônia foi finalizada com a entrega do abaixo-assinado feito por Marcelina, um momento de muita emoção. “Não tem como não se emocionar, não só como gestora de saúde, mas como mãe”, disse Arita, recebendo o documento.
Santa Casa recebe reconhecimento
***
Arita anunciou que a Santa Casa de Caridade de Bagé foi o hospital da região da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde que obteve melhores notas na pesquisa de satisfação do usuário, envolvendo instalações, equipamentos, equipe técnica e atendimento, entre outros requisitos básicos.
Boas notícias
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Também veio de Arita a notícia de que o município recebeu verbas na área da saúde. Cerca de R$ 200 mil para cada unidade de saúde local (Hospital Universitário e Santa Casa), R$ 335 mil para o Fundo Municipal de Saúde e mais R$ 335 mil para o bloco cirúrgico do HU.
A mãe do jovem Marcos Mattos, que dá nome a um grupo de apoio a pessoas com câncer, Marcelina Mattos, mostrava recortes de jornais desde 2001, com todas as histórias e as notícias relativas ao tema. No final, um abaixo-assinado com cerca de três mil assinaturas para que o centro de tratamento leve o nome do jovem, em retribuição à luta dos pais, Marcelina e Ivar Mattos, para que a oncologia viesse para a cidade. “Embora isso tudo tenha me causado muita dor, hoje é um dia feliz. Perdi o meu filho, mas não cruzei os braços, porque muita gente ainda precisa de tratamento”, disse ela, emocionada.
Um dos discursos mais aplaudidos foi o do radialista Edgar Muza, apontado como um dos idealizadores do projeto, que lembrou a trajetória para a conquista do centro, desde as primeiras tratativas, em 1997.
O médico Dionísio Becker, diretor técnico da unidade, apresentou a equipe de trabalho que conta com oncologista clínico, cirurgiões oncológicos e técnicos de enfermagem entre outros. “Estou emocionado e ansioso para que nós, médicos e comunidade, possamos fazer bem feito o nosso papel”, declarou. “Devemos, de certa forma, pedir perdão aos que se foram porque, se houvesse essa unidade aqui, poderia ter sido diferente”, acrescentou, lembrando dos inúmeros pacientes falecidos com câncer na cidade.
O provedor da Santa Casa, Luiz Alberto Vargas, lembrou os pacientes dos municípios vizinhos que também serão beneficiados com o início do tratamento local. “Esperamos que daqui a pouco tempo, quem sabe um ou dois anos, estejamos aqui inaugurando também o serviço de radioterapia”, finalizou.
A secretária estadual de Educação, Arita Bergmann, lembrou que, no dia 11 de setembro, em visita à cidade, presenciou pessoas irem às lágrimas pela falta de definição do tratamento em Bagé. Naquele dia, houve uma definição positiva. “Estou quase ficando em Bagé, porque aqui temos grandes emoções”, declarou a secretária, complementando que a oncologia na cidade é uma conquista de todos.
A cerimônia foi finalizada com a entrega do abaixo-assinado feito por Marcelina, um momento de muita emoção. “Não tem como não se emocionar, não só como gestora de saúde, mas como mãe”, disse Arita, recebendo o documento.
Santa Casa recebe reconhecimento
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Arita anunciou que a Santa Casa de Caridade de Bagé foi o hospital da região da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde que obteve melhores notas na pesquisa de satisfação do usuário, envolvendo instalações, equipamentos, equipe técnica e atendimento, entre outros requisitos básicos.
Boas notícias
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Também veio de Arita a notícia de que o município recebeu verbas na área da saúde. Cerca de R$ 200 mil para cada unidade de saúde local (Hospital Universitário e Santa Casa), R$ 335 mil para o Fundo Municipal de Saúde e mais R$ 335 mil para o bloco cirúrgico do HU.
JORNAL MINUANO
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