Projeto de lei que propõe a criação do Programa Cidade Verde Sustentável foi aprovado pela Câmara Municipal nesta quarta-feira (15/12). Apresentado pelo vereador Aldacir Oliboni (PT), o projeto aponta medidas para o máximo reaproveitamento do lixo gerado em Porto Alegre, a fim de atenuar o impacto decorrente de sua deposição no ambiente.
Simultaneamente, visa proporcionar meios de conscientização da população sobre a necessidade de preservação ambiental. “Queremos contribuir para um novo conceito de cidade, com desenvolvimento sustentável e respeito ao meio ambiente, uma cidade que se torne referência para as demais”, explica o autor.
De acordo com o projeto, fica a cargo do município encaminhar o lixo reciclável para reaproveitamento. Isso inclui sua destinação a entidades – especialmente associações de recicladores – que realizem a triagem dos resíduos, gerando trabalho e renda.
Unidades de triagem - Oliboni destaca que, embora o município já proceda assim, seria necessário ampliar a reciclagem em Porto Alegre. Às 16 unidades de triagem conveniadas com o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) são encaminhadas diariamente cem toneladas de lixo seco (basicamente papel, plástico, vidro e metais). Mas cerca de 1.300 toneladas de resíduos ainda são destinadas ao aterro sanitário localizado em Minas do Leão, a cerca de 110 quilômetros de Porto Alegre.
Ao defender seu projeto na tribuna, o vereador destacou os R$ 54,00 por tonelada despendidos pelo município para transportar o lixo até o aterro e para sua disposição final. Alertou para a necessidade de ações locais para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa, argumentando que a produção de energia limpa a partir do lixo orgânico – prevista no projeto – é uma iniciativa neste sentido. Lembrou que a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) desenvolve pesquisa para viabilizar esta tecnologia.
Há ainda a proposta de destinar uma parcela do lixo à produção de material de construção, a ser empregado em obras pelo poder público e pela iniciativa privada.
Foto: Tarsila Pereira/PMPA
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