O drama da falta de moradia de quatro famílias de bajeenses acabou.
Desabrigados por causa da enxurrada que vitimou a cidade em novembro de 2009, ou por residirem em áreas de risco, os moradores foram beneficiados com casas oferecidas pela Secretaria Municipal de Habitação. Cada residência custou R$ 15,5 mil. Os recursos são oriundos do Ministério da Integração Nacional.
A solenidade de entrega ocorreu por volta do meio-dia. O prefeito de Bagé, Luís Eduardo Colombo dos Santos, destacou a satisfação de acabar com a espera. “Agora essas famílias têm um local digno e seguro, com boa localização. Em breve, mais 50 famílias, que também estão em situação de vulnerabilidade social, serão beneficiadas com moradias nos residenciais Charrua e Guarany”, afirma.
O secretário de Habitação, Guto Nadal, descreve que as moradias possuem dois dormitórios, com sala e cozinha conjugadas, banheiro, tanque de lavar roupas e estrutura completa de saneamento. “Esse programa do ministério serve para viabilizarmos moradias completas. As famílias que usufruírem terão condições de viver toda a vida. As casas são bem localizadas”, explica. Em 30 dias, o secretário pretende entregar outras cinco residências no bairro Santa Cecília.
As famílias continuarão a receber acompanhamento através da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (SMTAS). O presidente da União Bajeense de Associações de Moradores (Ubam), Emílio Martins, aprovou as residências. “Uma pessoa pobre que ganha uma casa assim pode se considerar sortuda, o ponto é maravilhoso”, entende. As residências estão localizadas próximas de duas escolas estaduais, de uma escola municipal, de um refeitório público, de posto de saúde e linha de ônibus.
Começa uma nova história
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A situação dos desabrigados no município é semelhante. A condição de vulnerabilidade social desarma as famílias, que têm como única solução plausível a espera. Uma das beneficiadas, Sônia Maria Pereira Martins, 46 anos, irá morar com as três filhas no local. Como possui diagnóstico de anemia, ela fica impossibilitada de trabalhar. “Desde 2008 que não tenho casa onde parar, ando de casa em casa. O jeito é morar de favor, não tenho condições de pagar aluguel”, afirma. A última moradia de Sônia foi cedida por um conhecido, e fica próxima ao bairro Popular.
Sônia relata o desgaste físico e mental devido à situação de insegurança. “Essa casa vai terminar com o problema da família. O último local que morei não tinha água, luz, nem banheiro. Isso não é vida”, explica. Outra beneficiada, Jucélia Macedo de Souza, 33 anos, foi encaminhada à prefeitura por meio da Promotoria de Justiça e Conselho Tutelar. Jucélia é mãe de sete filhos, com idades entre 4 e 17 anos. Os filhos mais velhos estão abrigados na Casa do Guri, e ela comemora a união da família. “As crianças vão poder ficar junto comigo, agora estou na expectativa de arrumar um emprego”, conta.
Jucélia conta que a mãe e o pai também não possuem residência, e atualmente moram no asilo José e Auta Gomes. Ela está há quatro anos e meio desempregada. Para todos os beneficiados a sensação é de recomeço. A doméstica Andrizia Moraes dos Santos, 25 anos, ainda lembra da noite de novembro em que acordou e só deu tempo de salvar os dois filhos. “A enchente colocou a água quase até o teto, no outro dia os móveis da cozinha e da sala estavam amontoados no quarto. Perdi tudo”, recorda.
Desde então, ela e o filho de um ano e seis meses – quando houve a enxurrada, a criança tinha apenas quatro meses – peregrinaram em todos os locais disponibilizados pela prefeitura. Do abrigo improvisado na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Pedro, Andrizia foi alocada junto com outras famílias no antigo prédio da escola Santos Dumont. De lá, devido às más condições, teve que voltar a morar com a mãe.
A expectativa é de melhora. “Saber que vou poder cuidar dos filhos, dar um futuro melhor. Depender de aluguel é horrível. É difícil viver sozinha com duas crianças, tem agora a mudança de colégio, a adaptação delas, um monte de coisas para acertar”, comemora a doméstica.
A solenidade de entrega ocorreu por volta do meio-dia. O prefeito de Bagé, Luís Eduardo Colombo dos Santos, destacou a satisfação de acabar com a espera. “Agora essas famílias têm um local digno e seguro, com boa localização. Em breve, mais 50 famílias, que também estão em situação de vulnerabilidade social, serão beneficiadas com moradias nos residenciais Charrua e Guarany”, afirma.
O secretário de Habitação, Guto Nadal, descreve que as moradias possuem dois dormitórios, com sala e cozinha conjugadas, banheiro, tanque de lavar roupas e estrutura completa de saneamento. “Esse programa do ministério serve para viabilizarmos moradias completas. As famílias que usufruírem terão condições de viver toda a vida. As casas são bem localizadas”, explica. Em 30 dias, o secretário pretende entregar outras cinco residências no bairro Santa Cecília.
As famílias continuarão a receber acompanhamento através da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (SMTAS). O presidente da União Bajeense de Associações de Moradores (Ubam), Emílio Martins, aprovou as residências. “Uma pessoa pobre que ganha uma casa assim pode se considerar sortuda, o ponto é maravilhoso”, entende. As residências estão localizadas próximas de duas escolas estaduais, de uma escola municipal, de um refeitório público, de posto de saúde e linha de ônibus.
Começa uma nova história
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A situação dos desabrigados no município é semelhante. A condição de vulnerabilidade social desarma as famílias, que têm como única solução plausível a espera. Uma das beneficiadas, Sônia Maria Pereira Martins, 46 anos, irá morar com as três filhas no local. Como possui diagnóstico de anemia, ela fica impossibilitada de trabalhar. “Desde 2008 que não tenho casa onde parar, ando de casa em casa. O jeito é morar de favor, não tenho condições de pagar aluguel”, afirma. A última moradia de Sônia foi cedida por um conhecido, e fica próxima ao bairro Popular.
Sônia relata o desgaste físico e mental devido à situação de insegurança. “Essa casa vai terminar com o problema da família. O último local que morei não tinha água, luz, nem banheiro. Isso não é vida”, explica. Outra beneficiada, Jucélia Macedo de Souza, 33 anos, foi encaminhada à prefeitura por meio da Promotoria de Justiça e Conselho Tutelar. Jucélia é mãe de sete filhos, com idades entre 4 e 17 anos. Os filhos mais velhos estão abrigados na Casa do Guri, e ela comemora a união da família. “As crianças vão poder ficar junto comigo, agora estou na expectativa de arrumar um emprego”, conta.
Jucélia conta que a mãe e o pai também não possuem residência, e atualmente moram no asilo José e Auta Gomes. Ela está há quatro anos e meio desempregada. Para todos os beneficiados a sensação é de recomeço. A doméstica Andrizia Moraes dos Santos, 25 anos, ainda lembra da noite de novembro em que acordou e só deu tempo de salvar os dois filhos. “A enchente colocou a água quase até o teto, no outro dia os móveis da cozinha e da sala estavam amontoados no quarto. Perdi tudo”, recorda.
Desde então, ela e o filho de um ano e seis meses – quando houve a enxurrada, a criança tinha apenas quatro meses – peregrinaram em todos os locais disponibilizados pela prefeitura. Do abrigo improvisado na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Pedro, Andrizia foi alocada junto com outras famílias no antigo prédio da escola Santos Dumont. De lá, devido às más condições, teve que voltar a morar com a mãe.
A expectativa é de melhora. “Saber que vou poder cuidar dos filhos, dar um futuro melhor. Depender de aluguel é horrível. É difícil viver sozinha com duas crianças, tem agora a mudança de colégio, a adaptação delas, um monte de coisas para acertar”, comemora a doméstica.
Jornal Minuano
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