terça-feira, 22 de março de 2011

Tarso Genro cassa aposentadoria de ex-presidente do Detran investigado na Operação Rodin

Decisão cancela pagamentos de Flávio Vaz Netto como procurador do Estado

Personagem de um escândalo no Detran investigado pela Polícia Federal (PF) na Operação Rodin, o ex-procurador Flávio Vaz Netto teve sua aposentadoria cassada por determinação do governador Tarso Genro. Vaz Netto dirigia o Detran em 2007, quando a PF deflagrou a Rodin, e chegou a ser preso sob suspeita de envolvimento na fraude milionária da autarquia.

A medida, baseada em parecer da própria Procuradoria-Geral do Estado (PGE), implica perda de proventos e afastamento de Vaz Netto do quadro de inativos da instituição.

Se ele estivesse trabalhando, a decisão, publicada no Diário Oficial de ontem, equivaleria à demissão. Segundo o procurador-geral do Estado, Carlos Henrique Kaipper, é o primeiro caso na PGE de aplicação de pena máxima para um procurador já aposentado.

Na apuração que vinha fazendo desde 2008, a PGE entendeu que Vaz Netto causou dano ao erário, teve enriquecimento ilícito, violou princípios da administração pública e praticou atos de improbidade administrativa.

O ex-procurador foi intimado ontem, em casa, da decisão do governo. Com isso, a penalidade já está valendo, conforme a PGE. O advogado de Vaz Netto no processo administrativo, Alexandre Curvelo, vai recorrer.

— Vamos ingressar com o recurso administrativo visando a obter efeito suspensivo dessa decisão e também com uma ação judicial pedindo a anulação do processo administrativo feito pela PGE. Vamos alegar uma série de nulidades — afirmou Curvelo.


QUAL A SUSPEITA EM RELAÇÃO A VAZ NETTO?
- Dirigia o Detran em 2007 e chegou a ser preso sob suspeita de ser um dos destinatários da propina supostamente paga no esquema. Em sua gestão, houve a troca da fundação que prestava serviço ao Detran, também sem licitação.
QUAIS OS FEITOS DA CASSAÇÃO DA APOSENTADORIA?
- Vaz Netto deixa de receber proventos e é excluído do quadro de inativos da PGE. A medida equivale à demissão, caso ele estivesse na ativa.
- O ex-procurador não precisa devolver valores que recebeu de aposentadoria desde 2007.
- Há possibilidade de recurso administrativo, chamado de pedido de reconsideração, além de recursos na Justiça.

>>>Leia reportagem na íntegra na edição de Zero Hora desta terça-feira 
ZERO HORA

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